OPINIÃO

Apesar do governo minimizar a possibilidade de uma ruptura na sua base de apoio, formada por diversos partidos egressos do ‘carlismo’, o risco de debandada existe e pode acontecer antes das eleições de outubro.

Apesar da costura mal feita para formação da chapa majoritária, alijando a senadora Lídice da Mata (PSB) e o fiel e obediente PCdoB, não é por aí que anda o perigo.

O verdadeiro risco de ruptura na base governista vem do interiorzão abandonado, onde a maioria dos prefeitos que aderiram ao projeto de Rui, na esperança de conseguir recursos para seus municípios, já demonstra fortes sinais de desconfiança e arrependimento.

A queixa geral é que o governo centrou todas as suas as ações nas 25 maiores cidades do estado, deixando de lado e levando no bico, quase 400 municípios, que juntos detêm mais de 70% da população e do eleitorado da Bahia.

Outro fator que coloca em risco a reeleição de Rui é o descrédito com a classe política, em decorrência das inúmeras denúncias de corrupção. Rui Costa, assim com Wagner, vai estar na ‘linha de fogo’ mais que seus adversários, e o resultado da avalanche de novas denúncias que vem por aí, é imprevisível.

Isto sem falar que o governo petista já está formado e não vai abrir espaço para que chegou depois ter oportunidade de ocupar cargos públicos em um eventual 2º mandato de Rui. Neste contexto, uma vitória da oposição abriria mais possibilidades para quem está esperando na fila, sem muita esperança, porque haveria uma enorme renovação na estrutura de um novo governo.

Se a memória não me falha, é mais ou menos por aí que a banda toca…

Por Davi Ferraz

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