DILMA PERDE TERCEIRO MINISTRO EM APENAS DOIS MESES
Em menos de 60 dias, a presidenta Dilma Rousseff efetuou sua terceira mudança no primeiro escalão de sua equipe. Além de demitir Antonio Palocci (PT-SP) da Casa Civil e Alfredo Nascimento (PR-AM) dos Transportes, Dilma pediu nesta quinta-feira ao ministro da Defesa, Nelson Jobim (PMDB-RS), que se afastasse do cargo. O ex-chanceler Celso Amorim assumirá a pasta.
A decisão de hoje foi motivada pelas declarações dadas por Jobim à revista Piauí afirmando que o governo é “atrapalhado”. Jobim também fez críticas às colegas de Esplanada a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti (PT-SC), e a ministra-cehfe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT-PR).
No dia 7 de junho, Palocci deixou a Casa Civil sob suspeita de ter praticado tráfico de influência em favor de sua empresa de consultoria, a Projeto. Após a queda de Palocci, as denúncias foram, aos poucos, sendo arquivadas, apesar de a oposição insistir nos pedidos de investigações. Um mês depois de Palocci, caiu o ministro Alfredo Nascimento.
A crise em torno do ex-chefe da Casa Civil teve ainda como efeito colateral a substituição de mais um integrante do núcleo central do governo – o então ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio. Diante da avaliação de que a articulação política teria de ser fortalecida, a presidenta optou por uma troca entre Luiz Sérgio e Ideli Salvatti – a ex-senadora assumiu a pasta de Relações Institucionais e o peemedebista foi para o seu lugar, passando a comandar o Ministério da Pesca. IG
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BOGOTÁ – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que não cabe aos militares gostar ou não da indicação do ex-chanceler Celso Amorim para ocupar o Ministério da Defesa, no lugar de Nelson Jobim. Lula fez essa declaração ao ser questionado se Amorim conseguirá desempenhar um bom trabalho à frente da pasta, uma vez que militares já manifestaram insatisfação com a escolha. “Não cabe aos militares gostar ou não gostar de uma indicação da presidente da República. Temos que aprender a trabalhar para depois ver se vai dar certo ou não”, afirmou, em Bogotá.
Perguntado se o número de ministros demitidos não é grande para o pouco tempo de governo da presidente Dilma Rousseff, Lula respondeu que é sempre um sofrimento a tomada de decisão para demitir um colaborador. E lembrou, contudo, que em período eleitoral, por exemplo, alguns ministros entram na sala do presidente com a carta de demissão nas mãos para deixar o cargo, sem saber se este é o desejo do mandatário, sob a alegação de que o “dever à pátria” os chamam.
Lula não quis entrar na discussão sobre o motivo que levou Dilma a demitir Jobim, mas entende que a escolha de Celso Amorim foi acertada. “Eu não sei o que aconteceu com o ministro Jobim, mas eu penso que quando se analisa a competência intelectual e o trabalho, não tem pessoa igual ao Amorim no Brasil”, disse, lembrando que, se a Dilma convidou Amorim, é porque ela sabe que o ex-chanceler tem condições de fazer um bom trabalho, e se Amorim aceitou o cargo, é porque ele sabe que pode fazer um bom trabalho.
Lula fez essas afirmações em rápida entrevista a jornalistas brasileiros após proferir palestra no evento Nutrição Infantil para Prosperidade de Todos, realizado pela Fundação Êxito, organização não-governamental que trabalha no combate à desnutrição de crianças colombianas.