Com Fernando Haddad garantido na disputa de segundo turno pela Presidência da República, o conselho político de campanha do PT concordou em usar as próximas semanas para construir a imagem de um candidato independente do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e levar o ex-prefeito de São Paulo a assumir as rédeas da campanha e impor seu discurso.

A nova postura da campanha era uma cobrança de aliados e de parte do PT, mas enfrentava resistência de alas do partido que acreditavam que a transferência de votos do ex-presidente ainda não estava finalizada. O movimento funcionou, especialmente no Nordeste, região onde o PT tem tradicionalmente uma boa votação. Haddad ganhou em oito dos nove estados, exceto no Ceará, reduto eleitoral de Ciro Gomes (PDT). O petista ganhou ainda no Pará.

A ideia da campanha não é esconder ou esquecer o ex-presidente, mas reafirmar Haddad como candidato, mostrar o currículo e sua capacidade e encontrar seu próprio discurso. O próprio Lula deu liberdade a Haddad para desenvolver sua identidade como candidato, conversar com diferentes partidos, sem se limitar à centro-esquerda e tentar formar uma frente democrata, contou uma fonte.

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