A revista Veja desta semana publicou uma auditoria do Tribunal de Contas da União em contratos do governo Lula. Os auditores encontraram vários indícios de irregularidades. A reportagem lista 7 modalidades de fraude praticadas constantemente por “espertalhões” para desviar dinheiro público. A forma mais usada para desviar recurso é a do “laranja”. Pessoas humildes recebem proposta para “emprestar” o nome e com isto fazem a festa das quadrilhas especializadas em sugar dinheiro público.

A revista também comenta sobre a inércia que a população demonstra ao tomar conhecimento de casos de corrupção. Instalou-se no nosso país uma cultura de que dinheiro público não tem dono. Os administradores do dinheiro do contribuinte são negligentes, desleixados e muitos deles corruptos. Os exemplos desabonadores de “cima” encorajam os de “baixo”.

Se algumas das maiores autoridades do Brasil são flagradas em situações vexatórias o que acontece no interior do país? Funcionário público firmando contrato com alguma esfera de poder; conluio em licitação para fraudar o resultado; contrato com empresas inidôneas (que usam empresas laranja) para burlar a lei; obras com diversos aditivos (para pagar comissão); preenchimento de cargos por critério político (mesmo que o nomeado seja incompetente); é isto que acontece na maioria das vezes.

Ninguém se importa mais com a opinião pública. Nenhum governante tem medo de ser investigado e apanhado cometendo alguma ilicitude, pois sabe que nada vai acontecer de punitivo. A não ser que em alguma cidade deste país alguns homens e mulheres resolvam fazer a diferença. Talvez exista uma tênue esperança.

Por JOSÉ ELIAS RIBEIRO

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