Erenice Guerra é acusada de tráfico de influência e usar “laranja” para abrir empresa

O presidente Lula decidiu demitir a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, depois da sequência de denúncias que a envolvem em casos de tráfico de influência, juntamente com seu filho lobista, Israel Guerra. A primeira denúncia foi veiculada pela revista Veja desta semana, com o empresário Fábio Baracat afirmando, em entrevista, ter sido levado a pagar ao filho da ministra para obter o contrato de R$ 59,8 milhões para a empresa aérea de cargas MTA, nos Correios. Nesta quinta-feira, o jornal Folha de S. Paulo publicou denúncia ainda mais grave, mas na mesma linha, em que um empresário de Campinas (SP) disse que o filho da ministra cobrou R$ 240 mil, para conseguir um empréstimo de R$ 9 bilhões no BNDES para sua empresa, além de 5% do valor da operação. Míriam Belchior, subsecretária da Casa Civil que cuida do PAC, já está confirmada como a substituta de Erenice.

Dinheiro para campanha de Dilma

Num dos trechos da entrevista à Folha, o empresário de Campinas, Rubnei Quícoli, revelou também que durante as negociões para o empréstimo no BNDES, o ex-diretor de Operações dos Correios Marco Antônio Oliveira lhe falou que “precisava de R$ 5 milhões para poder pagar a dívida lá que a mulher de ferro tinha. Que tinha que ser uma coisa por fora para apagar um incêndio.” Questionado, Rubnei respondeu que “a mulher de ferro é a Dilma e a Erenice, as duas. Não sei quanto é a dívida de uma e de outra. Eu sei que a Erenice precisava de dinheiro para cobrir essa dívida. Claudio Humberto

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