Imune aos escândalos da Receita e da Casa Civil, a presidenciável Marina Silva (PV) aproveitou o tiroteio entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) para crescer no eleitorado de maior renda e escolaridade. Dados da última pesquisa Datafolha, divulgada no sábado, mostram que ela herdou os votos que a petista perdeu após ser vinculada à quebra de sigilos fiscais. Isso impediu uma reação de Serra, que se diz alvo das violações, e empolgou aliados da senadora, que sonham com uma “onda verde” às vésperas da eleição.

CAPITAIS

Eles também comemoram a subida em capitais importantes: Marina ultrapassou o tucano em Brasília e empatou com ele em segundo lugar no Rio e em Salvador.

Na semana em que o caso da quebra de sigilo dominou o noticiário, Dilma perdeu sete pontos entre os eleitores com renda familiar acima de dez salários mínimos: passou de 39% para 32%. Marina ganhou seis pontos, de 14% para 20%, e Serra repetiu os 37% do levantamento anterior. Isso significa que o tucano recuperou a liderança entre os mais ricos, mas não foi capaz de conquistar novos eleitores.

Entre os entrevistados com ensino superior, o movimento foi semelhante. Dilma caiu cinco pontos, de 42% para 37%. Marina subiu quatro, de 19% para 23%, e Serra oscilou de 29% para 30%. Em Brasília, Marina ganhou oito pontos, e Serra perdeu nove (24% a 16%).

Para os verdes, a evolução mostra que Marina acertou ao apostar em um discurso cauteloso, sem embarcar na troca de ofensas entre os rivais na disputa. Folha

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