A maioria dos prefeitos do Médio Sudoeste foi eleita por partidos de oposição ao governo do estado, mas logo que assumiram seus mandatos, aderiram à base de Rui Costa, na esperança de conseguirem melhorias para seus municípios, cujas receitas são baixíssimas.

Após três anos batendo de porta em porta, de secretaria em secretaria, o máximo que conseguiram foram promessas, enrolação de deputados e o famoso ‘kit prefeito chato’ (bolas de futebol, redes de voleibol, camisetas), dados pela Sudesb. Os mais “prestigiados”, receberam, de caju em caju, uma ou duas ambulâncias, em cerimônia pomposa com a presença do governador.

Itarantim, Itambé, Macarani, Itororó, Potiraguá, Maiquinique, Ribeirão do Largo, Santa Cruz da Vitória e Nova Canaã estão passando por dificuldades, à espera das promessas do governador, que nunca são cumpridas. As estradas da região estão acabadas e isto é fator de revolta entre os prefeitos e a população.

Caatiba, Ibicuí e Firmino Alves, cujos prefeitos foram eleitos pela base de Rui, também sofrem com a falta de verbas do governo. O prefeito de Iguaí, que é amigão de Rosemberg, é uma exceção: nada de braçada e se gaba por isto.

O único prefeito da região que não aderiu ao governo foi  o de Itapetinga, Rodrigo Hagge (MDB), mas sofreu duras críticas pela sua corajosa atitude, por quem entregou a alma a Rui. Hoje é reconhecido como o melhor gestor da região, realizando obras com recursos próprios e verbas federais.

Rodrigo tem a sua reeleição nas suas mãos e o município deu um enorme salto no seu desenvolvimento, mesmo com o governador e alguns dos seus deputados querendo atrapalhar.

Nas atuais circunstâncias, não dá mais para afirmar que fazer parte da base do governo é bom negócio. Há quem diga que foi “um tiro no pé”.

Até 2022, o ‘time dos arrependidos’ deve formar o maior bloco político da Bahia, com mais de 100 prefeitos e milhares de vereadores, todos revoltados e dispostos a votar contra o candidato do PT.

Podem apostar!

Por Davi Ferraz

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