O longo período de estiagem que castiga as pastagens, está impondo severas perdas à pecuária na região agro-pastoril de Itapetinga. Queda de produtividade, dificuldades de manejo, redução dos índices de concepção, baixa taxa de aproveitamento da natalidade, aumento dos custos e risco de doenças no rebanho.

Esses são alguns problemas enfrentados pelos fazendeiros, como conseqüência direta da seca e das queimadas, impondo o emagrecimento do gado e atrasando o início do acasalamento dos animais. As perdas são irrecuperáveis e a estiagem prolongada deste ano traz outro ingrediente com alto poder de destruição das pastagens: as queimadas.

Prática antiga, as queimadas na região são responsáveis pelo empobrecimento do solo, poluição, destruição de cercas e acidentes rodoviários, sem falar da destruição do que ainda resta das reservas de mata nativa, sem falar da fauna, quase extinta na região.

Mesmo assim, fazendeiros inconsequentes, atrasados e desinformados continuam apelando para o velho e prejudicial recurso das queimadas, à espera das ‘chuvas das águas’, cada vez  mais raras. Queixam-se dos baixos índices de produtividade da pecuária regional, mas não abrem mão da caixa de fósforo.

As fotos impressionantes retratam uma enorme queimada ocorrida nesta quinta-feira (27), numa fazenda às margens da rodovia BA-263, entra Itapetinga e Itororó, mostrando o alcance dessa prática atrasada, que muitas vezes são tratadas como “acidentais”.

É por esta e outras que Itapetinga vem perdendo, há muito tempo, o título de ‘Capital da Pecuária Baiana’.

Por Davi Ferraz – Fotos Gazinho Drones

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