Nas últimas semanas, a agência do Banco do Brasil em Itapetinga vem instalando leitores de biometria na maioria dos seus caixas eletrônicos, medida que de acordo com prepostos do banco, visa ampliar a segurança da agência e seus correntistas, evitando saques indevidos.

Apesar das justificativas do banco, a medida cria enormes transtornos aos clientes, principalmente nas operações realizadas com cartões de terceiros, cujos titulares não podem ir ao banco pessoalmente, para efetuar saques, transferências e pagamentos, por motivos de força maior, como pessoas deficientes e idosas, que recorrem a filhos, maridos, esposas etc, para realizarem suas operações bancárias.

Na lógica do banco, isto pode ser “facilmente” resolvido com a ‘outorga de procuração’ a terceiro, pelo titular da conta, mas não é tão simples assim, devido à burocracia que demanda para tal providência.

Vejam, por exemplo, o caso do fechamento da agência do Banco do Brasil em Itarantim, que levou uma verdadeira legião de correntistas do banco a recorrerem a terceiros, para realizarem suas operações bancárias em Itapetinga e outras cidades da região, na impossibilidade de se deslocarem pessoalmente até aqui.

Com a leitura biométrica que vai alcançar todos os caixas eletrônicos da agência, até o final deste mês de outubro, somente o próprio correntista poderá operá-los, em nome da questionável ‘segurança’, medida injusta e discriminatória que coloca sob suspeita pessoas honestas que utilizam cartões de terceiros.

É certo que o cartão do correntista é pessoal e intransferível, mas na prática é utilizado por familiares, por extrema necessidade, em casos excepcionais.

A medida é questionável e injusta e pode levar à fuga de clientes do Banco do Brasil para outros bancos que não a adotem.

Por Davi Ferraz  

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