:: 11/nov/2016 . 21:42

Uma cidade no interior de Rondônia está praticamente parada, depois que o prefeito, o vice e metade dos vereadores foram presos. Todos são acusados de corrupção. Uma cidade parada pela corrupção. Mais de 700 funcionários da Saúde estão sem receber o salário do mês de outubro.

Sem dinheiro para pagar os servidores, a prefeitura de Vilhena teve que pedir autorização à Câmara dos Vereadores para remanejar o orçamento. O problema é que dos dez vereadores, cinco estão presos e dois, foragidos. Eles são suspeitos de fraude na aprovação e regularização de loteamentos comerciais. Desde a operação da Polícia Federal, no mês passado, a Câmara ficou sem quórum para votar os projetos.

Na prefeitura, a situação também não é das melhores. Poucas secretarias estão funcionando, e é até difícil encontrar alguém circulando pelo pátio. No gabinete, a porta está fechada. É que o prefeito e o vice-prefeito também estão presos.

O prefeito José Luis Rover, do PP, foi preso na quinta-feira (10), suspeito de chefiar uma organização criminosa, que desviava dinheiro das secretarias de Comunicação e de Obras. Além de cobrar propina de empresas prestadoras de serviço. Os investigadores dizem que o desvio pode chegar a R$ 5 milhões.

A população está indignada com a situação política da cidade. O advogado do prefeito José Luís Rover disse que vai pedir a revogação da prisão. As defesas dos vereadores presos não se manifestaram. //Bom Dia Brasil (Globo)

A delação premiada do empresário Marcelo Odebrecht tem dado o que falar, pelo menos é o que diz a publicação da revista IstoÉ. A revista disse que o empresário falou durante o interrogatório que chegou a entregar dinheiro em espécie para o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva.

Naquela que é considerada a mais robusta colaboração premiada do mundo, Marcelo Odebrecht, além de ter falado sobre o repasse de dinheiro em espécie de Lula, o empresário falou que nunca conheceu uma figura pública que chegou a ocupar a presidência da República que tivesse tanta intimidade com a corrupção.

Nos últimos dias, a Procuradoria-Geral da República começou a validar os depoimentos, em que os 50 delatores e 32 colaboradores lenientes da Odebrecht passaram a ler e confirmar o que já escreveram. Todo o processo vai ser gravado. A checagem de informações deve durar até o fim do mês de Novembro, já que nem todos os executivos foram informados sobre quando eles iriam se encontrar com os procuradores.