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Com uma canetada só, Marco Aurélio Mello acrescentou três ideias de hospício a um quadro político que implora por sensatez. A primeira foi a invenção do impeachment do vice. A segunda transfere do Congresso para o Supremo Tribunal Federal deliberações sobre pedidos de impeachment. A terceira estabelece que uma mesma pedalada pode ser criminosa ou não. Depende de quem pedala.

Marco Aurélio repete há meses que as pedaladas bandalhas de Dilma Rousseff não servem como justificativa legal para o afastamento da presidente. Mas resolveu nesta manhã que Michel Temer precisa ser julgado por pedaladas que só o ministro enxergou. Ainda bem que as inovações sem pé nem cabeça, como constatou o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, serão sepultadas pela maioria do STF.

Ainda assim, é perturbador constatar a expansão da epidemia de maluquice no cume do Poder Judiciário. Se não for contida, acabará reduzindo o Supremo a uma confraria de juízes sem juízo.

Coluna do Augusto Nunes – Veja

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