Há 100% de chances de o ex-governador Paulo Souto (DEM) confirmar que é candidato à sucessão de Jaques Wagner (PT) até o dia 31 de janeiro. Ele teria admitido a possibilidade a lideranças políticas que o procuraram esta semana, desejosas de uma definição do nome das oposições na disputa ao governo.

Apesar de pretender aceitar o convite de seu partido para que saia candidato, Souto só deve anunciar a candidatura depois do Carnaval, como sempre defenderam o seu partido e o PSDB. O ex-governador teria sido convencido a aceitar a postulação depois de passar meses analisando o cenário local e concluir que a candidatura do governo, representada pelo petista Rui Costa, atual chefe da Casa Civil do Estado, pode ter dificuldade para decolar.

O empurrão definitivo, no entanto, teria sido a constatação de que, no campo das oposições, não há nome mais forte do que o dele próprio para confrontar o candidato governista. Ante o risco de as oposições perderem o governo mais uma vez para o PT, ele teria preferido encarar o desafio de sua candidatura. Outro fator estaria contribuindo para Souto aceitar a missão. Há plena convicção, entre as principais lideranças oposicionistas, de que, caso ele não tope ser o candidato, a oposição poderá se dividir entre pelo menos três candidaturas, comprometendo a chance de derrotarem o governo, hipótese em que acreditam com cada vez maior convicção.

Com a confirmação do nome de Souto saindo até o dia 31 de janeiro, são grandes as chances também de ele conseguir atrair o tucano João Gualberto, atual pré-candidato do PSDB ao governo, para a sua vice, e de colocar o peemedebista Geddel Vieira Lima, nome do PMDB a governador, como candidato ao Senado em sua chapa. Para alguns oposicionistas, seria a “chapa dos sonhos” do grupo. É aguardar para ver.

Tribuna da Bahia

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