ITAPETINGA: Quando todo mundo, inclusive eu, achava que o oportunista vereador Romildo Teixeira e seus ‘indesejáveis’ seriam banidos definitivamente do convívio político com o grupo do prefeito Zé Carlos, eis que o sujeito acabou impondo a sua vontade, dando uma reviravolta inesperada na formação da chapa majoritária do PT, obrigando Zé Carlos e sua ‘esperta’ assessoria a mudar todo o jogo, já na prorrogação.

Tido como ‘descartado’ pelo grupo do prefeito, Romildo se aproveitou da cogitada candidatura de Alfredo Cabral (PSD) para vice na chapa oficial, para fazer pressão e ameaças escabrosas, o que poderia ‘melar’ o jogo e até complicar de vez a vida do temeroso prefeito Zé Carlos e seus ‘homens de confiança’.

Romildo não escondeu para ninguém que se fosse descartado por Zé Carlos poderia usar os cinco votos que tem na câmara municipal, para engrossar as fileiras da oposição, criando uma maioria ‘perigosa’ para fazer qualquer coisa, inclusive puxar o tapete do prefeito, com um pedido inusitado de ‘impeachment’. Isto, sem falar da vasta ‘munição’ que ele alega possuir, para complicar de vez as vidas de Zenóbio, Israel Miranda e tantos outros orbitam em torno deles, todos enrolados com denúncias e mais denúncias de corrupção e outras ‘coisinhas’ vergonhosas, de conhecimento público.

As ameaças de Romildo e sua endiabrada turma, acabaram dando certo e ele passou a contar com a ‘simpatia’ de Israel Miranda, Zenóbio e seus associados, que não viam com bons olhos a entrada de Alfredo Cabral na chapa majoritária, por motivos mais do que óbvios. Aliar-se a Romildo e ajudá-lo a derrubar Alfredo seria bem ‘menos arriscado’ do que ter Alfredo como vice.

E assim foi feito, com Romildo retirando a candidatura ‘laranja’ do seu enteado ‘Tiquinho’,  encampando a candidatura de Alécio Chaves, ‘o inelegível’. Coube a Maurício Gomes levar o recado a Zé Carlos, que acatou tudo que Romildo, Israel, Zenóbio & Cia orquestraram, deixando Alfredo Cabral e Marcos Gabrielli a ver navios. Além de Alfredo Cabral, saíram também desgastados do episódio o vereador petista Marcos Gabrielli, o deputado Rosemberg Pinto e até o vice-governador Otto Alencar, que haviam negociado e defendido a entrada de Alfredo Cabral na chapa petista.

Criou-se, assim, um mal estar desnecessário e Zé Carlos vai ter que se contentar com um candidato a vice ‘caseiro’ e sem votos, além de ter que conviver, mais uma temporada, com o ‘cheiro de sovaco’ de Romildo e a ‘freguesia’ formada por Jacy Bó, Nilton ‘Bicheiro’, Zé Roberto e Valdeir, os maiores tira-votos da política local.

Romildo, pasmem, ainda teve o poder de antecipar o encerramento da convenção do PT e levar toda a bezerrada de Zé Carlos para a convenção do seu PDT, que estava entregue às moscas na Câmara Municipal. E assim, todos foram felizes, mas não para sempre…

Por Davi Ferraz 

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