Por Milton Marinho

ITORORÓ: A melhor coisa que aconteceu nesse governo até agora em termos da aquisição de quadros para compor um governo “meia culé” como esse de Itororó, foi a surpreendente chegada de Eudes “Jabuti”.  Digo isso porque o que conheço de Jabuti, sua capacidade e do que ele deve conhecer do governo de seu cunhado, o prefeito Adroaldo, não me parece que pode haver compatibilidades de pensamento. O que motivou Jabuti a aceitar o cargo eu não sei, nem sei qual é o cargo, mas sei que o governo deve melhorar um pouquinho a sua imagem, pelo menos melhorou para mim, pois o amigo Jabuti é uma dessas pessoas que se tiver em alguma função estratégica  nesse governo, vai relutar muito para comer os “agás” do prefeito. Espero não me enganar muito em relação ao que a sociedade deve esperar da pasta que ele vai ocupar, depois desses longos anos de angústia e desespero.

O Jabuti que eu conheço é um homem de ideias, por isso é que acho que não tem combinação com este governo. Se o prefeito estiver mesmo precisando de ajuda para administrar a nossa cidade, deu um passo importante em direção a isso, até porque o governo é auxiliado somente por puxa sacos e bajuladores que não sabem fazer nada, estes, são pagos apenas para bater palmas para o discurso cansado e vaselinado do prefeito que tira dos pobres para dar aos ricos. É o Robin Hood às avessas. Os ricos são os mesmos que pertenceram aos governos passados, e que compõe nesse governo o mesmo concerto trágico de outros governos.

Bom, nesse terreno conhecido como o das ideias, cada vez mais escasso no mundo globalizado e com um governo central propenso a financiar os ricos, (apesar dos figurantes avanços contracenando com os atores principais dos retrocessos), isso de Itororó a Brasília. Nessa lógica traidora, o governo do PT de Adroaldo está correto, faz seu dever de casa com uma disciplina rigorosíssima nos moldes de Hitler e de Stalin e outros homens perversos, eleitos como chefes de sociedades que eles trataram de destruir. Adroaldo tem o mesmo pedigree desses líderes.

Acredito que a vinda de Jabuti para o governo é parte do que restou de remorso no chão da consciência do prefeito. Talvez ele tenha medo do fogo dos infernos, talvez ele tenha lido um dia à oração de São Francisco de Assis, talvez. O que importa é que Jabuti está de volta à sua casa, Itororó. Sei que ele vai estranhar um pouco as dependências de seu antigo lar, os utensílios domésticos avariados e o relógio de parede andando para trás. O socialismo dos inflamados discursos que nos trouxe até a histórica vitória em 2008 sofreu uma espécie de queima de arquivo.

Dizer que este governo caminha a passos de tartaruga é ofender o animal. Espero que o meu amigo Jabuti engate uma primeira ou uma quinta marcha no sentido de melhorar a vida do povo de Itororó. Um conselho: Se o amigo quiser sobreviver nessa selva, esqueça a vida como ideia e louve o fisiologismo e todos os patifes lhe abrirão os dentes. Boa sorte Jabuti, pois vais precisar mais do que isso para ganhar a corrida contra a lebre gigante e veloz do capitalismo.


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