Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro

RIO – O corpo de fuzileiros navais da Marinha irá empregar 18 blindados na operação de ocupação da Rocinha e do Vidigal, prevista para acontecer na madrugada deste domingo. Foram destacados 194 militares para a operação de apoio à ocupação, sendo 19 oficiais. Segundo o comandante Yerson de Oliveira, capitão de Mar e Guerra do comando da força de fuzileiros da esquadra, esta será a maior participação da Marinha em ações comandadas pela Secretaria de Estado de Segurança Pública. Na primeira delas, ocorrida no Complexo do Alemão há um ano, foram empregados 127 militares.

Ainda de acordo com o comandante, a função da Marinha será dar apoio no transporte das forças de ocupação. Os militares foram treinados para reduzir os danos na entrada dos blindados nas comunidades. Os fuzileiros também receberam a recomendação de agir apenas em própria defesa.

– Estamos indo para o pior. O nosso planejamento foi em cima disso. O objetivo é fazer com que as equipes policias possam desembarcar dentro da comunidade. Nosso militares foram orientados a agir com cautela e a reagir apenas em caso de ataque dos bandidos.

O comandante fez uma recomendação aos moradores da Rocinha e do Vidigal, apelando para que as ruas sejam deixadas livres de carros e qualquer outro tipo de obstáculo.

– Os blindados são cegos, surdos e mudos. Eles podem amassar veículos ou mesmo atingir uma pessoa.

Para planejar melhor a ação da Marinha na ocupação da Rocinha, os militares fizeram sobrevoos às favelas e filmaram todos os acessos com imagens de alta definição. As imagens serão usadas para orientar a circulação dos blindados.

O GLOBO

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