Reportagem da revista Veja aponta funcionário do Ministério do Trabalho como operador de um suposto esquema de cobrança de propinas a ONGs que tinham contratos com a pasta de Carlos Lupi (foto)

Reportagem da revista “Veja” aponta funcionário do Ministério do Trabalho como operador de um suposto esquema de cobrança de propinas a ONGs que tinham contratos com a pasta de Carlos Lupi (foto)

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, afirmou neste sábado (5) que afastou um assessor do ministério depois de acusações de corrupção em sua pasta, publicadas na edição deste fim de semana da revista “Veja”. Além de determinar o afastamento do assessor especial e coordenador-geral de Qualificação, Anderson Alexandre dos Santos, Lupi afirma que requereu ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que a Polícia Federal investigue as denúncias.

Matéria publicada pela “Veja” aponta Anderson Alexandre Santos como operador de um suposto esquema de cobrança de propinas a organizações não governamentais (ONGs) que tinham contratos com o Ministério do Trabalho. De acordo com a revista, funcionários exigiriam comissão de 5% a 15% do valor dos convênios para resolver supostas “pendências”. O foco dos convênios era a realização de cursos sobre capacitação profissional.

‘ Faxina’ nos ministérios

Supostos desvios envolvendo convênios com ONGs causaram, no final de outubro, o afastamento do ex-ministro do Esporte, Orlando Silva. A demissão se deu depois de denúncias à revista “Veja” feitas pelo policial militar João Dias, indicando o ministro como membro de um esquema de desvio de verbas públicas para abastecimento de caixa eleitoral do PCdoB. O ministério já tinha reconhecido problemas em convênios com ONGs no programa Segundo Tempo.

Silva foi o sexto ministro a cair nos dez primeiros meses do governo de Dilma Rousseff. Antes dele, deixaram as pastas Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Wagner Rossi (Agricultura), Nelson Jobim (Defesa) e Pedro Novais (Turismo). Com exceção de Jobim –que foi afastado após criticar publicamente o governo–, todos caíram após acusações de corrupção.

*Com informações da Agência Brasil

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