Um pleito do governo baiano para proteger a indústria calçadista local finalmente foi atendido por Brasília, com a implantação de uma série de barreiras para conter a invasão do produto chinês no mercado brasileiro. Uma portaria publicada pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), pasta vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, nesta terça-feira (4), coloca o calçado chinês na categoria de “importações de licença não automática”. A medida, na prática, faz a importação do material ser condicionada a uma autorização do governo brasileiro, o que pode levar até 60 dias. “Defendemos publicamente esta medida […] que vai estimular e proteger a indústria calçadista da concorrência predatória. Não podemos perder nossos empregos e garantir os dos chineses. A medida também implica na investigação, entre seis e nove meses, da prática de dumping. Caso ele se  confirme, o governo brasileiro poderá sobretaxar os calçados”, explicou o secretário estadual da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia. O titular da pasta lembrou que representantes da indústria nacional alertavam há tempos da prática ilícita executada pelos importadores. “Era uma verdadeira farra. Bastava ter uma empresa, fazer o pedido e a guia de importação era automaticamente concedida. A indústria de calçados mostrou como era fácil, inclusive usando, de pilhéria, importadoras com os nomes dos presidente Lula e Dilma. Agora, tudo isso acabou”, comemorou o secretário. BN

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