O influente padre e político francês, Henri Lacordaire, questionou uma vez: “o que é uma família senão o mais admirável dos governos?” Eis que a prefeitura de Curaçá, no norte do estado, resolveu seguir à risca o pensamento do pároco e empregou 11 membros de uma mesma família na administração municipal – o que inclui dois secretários.

Na pequena cidade de 30 mil habitantes, feliz de quem é membro dos Ferreira, clã que pratica o nepotismo na gestão do prefeito Salvador Lopes (PT) e recebe algo em torno de R$ 25 mil mensais, entre irmãos, filhos, sobrinhos e cunhados do diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAEE), Roque José Ferreira. Com salário de R$ 3.748 e status de secretário, Roque ainda tem a irmã, Joselita Araújo Ferreira, titular da pasta de Ação Social, como colega no primeiro escalão do Município.

A árvore genealógica se estende com mais uma irmã, Lilian Soares Ferreira, e a filha de Joselita, Poliana Ferreira Araújo, no “Suporte Pedagógico” da administração (vencimentos em torno de R$ 1,5 mil). Ainda há os sobrinhos Edgar Ferreira Araújo, diretor do Hospital Municipal, e Leonardo Ferreira Araújo, professor contratado (ordenados na faixa de R$ 2,6 mil).

Quem não nasceu Ferreira, mas se juntou à família, também se aproveita do “cabide”. Uma nora de Joselita é secretária escolar e quatro sobrinhos do seu marido trabalham nas funções de chefe de departamento, psicólogo, pedagoga e diretor de educação física – todos contratados pela prefeitura. BN

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