Disputa por cargos nocauteou o projeto de Wagner

Política Livre

Num protesto inesperado contra a partilha dos 174 cargos que serão criados no novo projeto de reforma administrativa do governo, a bancada governista boicotou hoje a apreciação do pedido de urgência para votar a proposta na próxima semana, impondo a primeira derrota do segundo mandato do governo Jaques Wagner (PT) na Assembleia Legislativa.

Muito heterogênea, por ser formada em sua maioria por vários parlamentares adesistas, a bancada governista acusa os petistas de terem se apossado de praticamente todos os cargos.

Na secretaria de Comunicação Social, pasta a ser criada em substituição à Agecom (Agência de Comunicação), serão criados, por exemplo, 95 cargos para funções que os deputados da base do governo consideram desnecessárias.  O governo cria cargos também na nova secretaria de Administração Penitenciária e na Secopa, que passa a ter status de definitiva até a Copa do Mundo de 2014.

Prevendo alguma celeuma em torno da votação da matéria, o governador Jaques Wagner chegou a convocar um café da manhã com toda a base para apresentar e discutir o projeto de reforma com os parlamentares, mas a iniciativa parece não ter dado resultado.

“O café da manhã azedou”, ironizou o deputado oposicionista Paulo Azi (DEM), numa referência ao fato de o governo Wagner ter uma das maiores bancadas de apoio da história da Assembleia.

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