A Vulcabrás/Azaléia vai construir uma fábrica na Índia. Com o real muito valorizado e enfrentando concorrência feroz dos países asiáticos, a maior calçadista brasileira optou por uma planta no exterior, para suprir o mercado internacional, em vez de exportar calçados fabricados no Brasil. As unidades produtivas instaladas no Brasil vão abastecer o mercado interno. Existe possibilidade da Vulcabrás/Azaléia transferir a planta de Itapetinga e região para o Ceará?

Em 2010, a Vulcabrás/Azaléia divulgou investimentos que proporcionaram a geração de 4.100 novos empregos na unidade de Horizonte. O governador cearense Cid Gomes negociou uma plataforma de incentivos com a Vulcabrás/Azaléia para que a empresa aumente os investimentos no seu Estado. 42 mil funcionários trabalham na Vulcabrás/Azaléia. Itapetinga e região com 18 mil postos de trabalho “ainda” emprega mais gente do que a planta do Ceará.

A política do governo Cid Gomes, visa transformar o Ceará no principal parceiro das empresas calçadistas (ação semelhante ao do governo Paulo Souto que negociou a migração de muitas empresas do Rio Grande do Sul para a Bahia). Necessário, indispensável, que as autoridades municipais e estaduais, fiquem alertas, para a possibilidade da Vulcabrás/Azaléia  migrar totalmente (improvável), ou parcialmente, para o paraiso cearense.

A nossa cidade não está preparada socialmente, economicamente e psicologicamente, para a diminuição das atividades da Vulcabrás/Azaléia. Quantidade absurda de atestados médicos, número crescente de faltas ao trabalho, alta rotatividade de mão de obra, maior custo de frete para transportar insumos, são fatores negativos da unidade de Itapetinga.

Por JOSÉ ELIAS RIBEIRO

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