Com a permissão da direção do Hospital Cristo Redentor, estive no setor administrativo, examinando, receitas e despesas, referentes ao mês de março/2011. O Cristo recebe mensalmente R$ 195.580,00 de dinheiro público proveniente de contratualização com o governo da Bahia. A prefeitura de Itapetinga colabora com 3 enfermeiras, 1 farmacêutico, 1 auxiliar de farmácia, 2 vigilantes.

Não é possível um hospital referência sobreviver com o recurso citado. O hospital para funcionar 24 hs precisa de um agrupamento de 110 funcionários regidos pela CLT, com folha mensal de R$ 75.623,00, Inss 9.844,00, Fgts R$ 9.857,00. Trinta (30) médicos trabalham no hospital no regime de pró-labore por produção ou atendimento. O custo do hospital com os médicos é de R$ 106.767,00. Deste valor o Cristo retém R$ 12.500,00 para o imposto de renda.

A soma das despesas em R$ 202.091,00, já extrapola o recurso público disponibilizado para o hospital. Remédios 35 mil, energia 12 mil, água 4 mil, cozinha 7 mil, oxigênio 12 mil, e muitos outros itens, mostram a dramaticidade da situação. 126 partos, 124 cirurgias (só tem especialista em anestesiologia três dias na semana), 3.589 atendimentos ambulatóriais, urgência, emergência e ortopedia, são os números da planilha de março. O que é verdade e o que é mentira?

A verdade é que o Cristo caminha a passos largos para a insolvência. A quem interessa a falência do hospital Cristo Redentor?

Por JOSÉ ELIAS RIBEIRO

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