EDUARDO E RODRIGO JUNTAM?

Apesar do afastamento político entre os herdeiros do ‘michelismo’, Eduardo Hagge e Rodrigo, os gabirabas e ‘saruês’, como são conhecidos, ainda mantém as esperanças de uma recomposição entre as duas lideranças para as eleições de 2026. Na base do governo estadual, Eduardo já definiu o seu apoio a Jayme Vieira Lima, pré-candidato a deputado federal. Jayme é do clã do ex-ministro Geddel e vem forte para disputar uma vaga na câmara federal.

DEPUTADO ESTADUAL EM ‘STAND BY’

O que dá alguma esperança aos gabirabas e saruês é a indefinição de Eduardo em relação ao seu candidato a deputado estadual, cargo que deverá ser disputado por Rodrigo. Apesar de ser cortejado por inúmeros pré-candidatos, Eduardo não deu o ‘sim’ a nenhum deles e isso indica que Rodrigo está no páreo. O que pega, não são as ‘rusgas’ familiares, mas o fato de Rodrigo ser da base de ACM Neto, que deve concorrer ao governo do estado, contra Jerônimo. Mas isto não é barreira intransponível para a união dos gabirabas. Com inteligência, pode-se até tirar vantagem da situação. Pra quem conhece o jogo…

CHAPA RODRIGO HAGGE E JAYME É MUITO FORTE

Apesar dos entraves, a ideia é uma dobradinha entre Rodrigo e Jayme Vieira Lima, única fórmula de manter o ‘michelismo’ vivo, com vistas a 2028, quando Eduardo deverá disputar a reeleição. Ao longo dos meus 45 anos de militância no MDB, aprendi que não se faz política visando o imediatismo, mas sempre pensando nas próximas. Michel fazia isto…

ANTÔNIO BRITO COM GRUPO FORTALECIDO

Detentor das maiores votações para deputado federal nas duas últimas eleições, em Itapetinga e região, Antônio Brito faz política o tempo todo e avança sobre a base do prefeito Eduardo e demais partidos, capitalizando cerca de 9 ou 10 vereadores como seus cabos eleitorais. Isto atrapalha o candidato de Eduardo para federal e a união com Rodrigo precisa ser avaliada, apesar de Eduardo e seu sobrinho divergiram nas preferências ao governo. Se isto acontecer, gabirabas antigos e os novos saruês voltam às ruas vestidos de amarelo. Grupo dividido só interessa à oposição.

Por Davi Ferraz