Vencedor disparado nestas eleições, o prefeito de Itapetinga, Rodrigo Hagge (MDB), contabilizou as maiores votações para governador, senador, deputados federais e deputados estaduais. Só não ganhou para presidente, o que já era previsto, pois, afinal de contas, Itapetinga também é Nordeste, reduto absoluto de Lula. Mesmo assim, a diferença de Lula para Bolsonaro em Itapetinga foi bem reduzida em relação à média do estado.

OS DERROTADOS

Neste primeiro turno das eleições, a maior derrota ficou para o ex-secretário estadual de Saúde, Fábio Vilas Boas, que migrou para o MDB de Lúcio por falta de espaço no PT, apoiado pelo “dissidente” Geraldo Trindade, ex-secretário municipal de Educação. Vislumbrando posições no governo petista e o comando do MDB local, Geraldo Trindade apostou todas as suas fichas em Vilas Boas, que acabou derrotado na sua candidatura a deputado federal, pelo fraco MDB de Geddel e Lúcio. É bom lembrar que Vilas Boas, quando secretário de Saúde, barrou a vinda de uma Policlínica e Hospital Materno Infantil para Itapetinga, por mera perseguição política. Já vai tarde…

NETO PRECISA MUDAR O MARQUETEIRO

No futebol, quando o time começa a cair, o primeiro que dança é o técnico. Na política também. Não sei quem é o marqueteiro de ACM Neto, mas tenho pra mim que é preciso arranjar outro, neste segundo turno. Na dianteira em todas as pesquisas, Neto foi perdendo espaço durante a campanha e por pouco não perdeu no primeiro turno. Tem que dar uma mexida nisso aí.

ACM JOGOU NA RETRANCA

Candidato da oposição ao governo do estado, ACM Neto jogou na retranca o tempo todo, como se o governo fosse ele. Passou a maior parte da campanha se defendendo daquela história do “tanto faz” e da sua desastrada auto declaração como ‘pardo’, o que quase lhe custou a eleição. Como diz a rapaziada, “foi mal…”.

VOTOS DE JOÃO ROMA VÃO PRA NETO

Cerca de 9% dos votos para governador da Bahia foram para o candidato João Roma, ex-protegido de ACM Neto e bolsonarista juramentado. Se acertando com Roma ou não, essa votação deve ir para ACM Neto (734.012 votos), por uma simples razão: bolsonarista não vota no PT. Isso pode equilibrar o pleito, já que a diferença entre Jerônimo e Neto foi de exatamente de 9%. Mas esse eleitorado de Roma não vem pra Neto por gravidade. Precisa ser bem trabalhado.

Por Davi Ferraz

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