EDITORIAL

A recente decisão dos caciques estaduais do MDB, Geddel e Lúcio Vieira Lima, de promover a filiação do ex-secretário municipal de educação Geraldo Trindade, exonerado do cargo por suposta “traição” ao grupo do prefeito Rodrigo Hagge e seu avô Michel, vem gerando intensa discussão em Itapetinga e cidades da região, revoltando a base do partido, o mais forte e tradicional da ‘Capital da Pecuária’.

O motivo da indignação dos mais  de 4 mil filiados do MDB no município é a possibilidade cada vez maior dos Vieira Lima destituírem o líder histórico Michel Hagge e seu grupo político da direção da legenda, entregando o diretório local a Geraldo Trindade, político sem voto nem tradição, por mero ato de vingança contra o prefeito Rodrigo Hagge, que não acompanhou a decisão de aderir à ‘louca aventura‘ de apoiar a chapa do PT ao governo da Bahia.

É sabido em toda a Bahia, que Geddel e Lúcio rifaram o MDB e o entregaram de mãos beijadas ao PT, sem prévia consulta às bases, para se livrarem das pesadas consequências dos processos que carregam nas costas, sob a batuta e influência de Lula. Conseguiram respirar, mas deixaram um rastro de revolta e indignação em todo o estado, virando até motivo de chacotas Bahia afora.

Vale também lembrar, que a existência do MDB em Itapetinga, sob a liderança de Michel, antecede à ascensão política complicada de Geddel e Lúcio, que pegaram o bonde andando mas obtiveram expressivas votações no município e região, por influência exclusiva de Michel, líder incontestável e merecedor de todos os méritos. Sem Michel, Geddel e Lúcio nunca passariam de dois malas chatos e arrogantes, famosos apenas pelos seus inúmeros escândalos políticos.

Michel Hagge, em sua imensa dignidade, carregou nas costas, por décadas, essa pesada cruz, e hoje está prestes a colher o fruto amargo da ingratidão e perversidade política.

Sem Michel e Rodrigo Hagge, MDB de Itapetinga não vale um tostão furado!

Por Davi Ferraz 

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