Após a entrega do MDB ao governo petista, pelos Vieira Lima, muitas lideranças importantes do interior da Bahia, a exemplo de Colbert Martins, prefeito de Feira de Santana, e Rodrigo Hagge, prefeito de Itapetinga, decidiram não seguir a orientação do partido por questões locais, onde o PT é adversário histórico do MDB, criando uma crise de grandes proporções entre essas lideranças regionais e a cúpula estadual.

Em Itapetinga, o prefeito Rodrigo Hagge, seu avô Michel e todas as lideranças locais do MDB já haviam decidido apoiar a pré-candidatura do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (UB), muito antes de Geddel e Lúcio bandearem para o lado do PT, por mero interesse familiar, ignorando e desrespeitando os seus mais tradicionais aliados, que sempre se mantiveram firmes e fiéis, mesmo debaixo dos consecutivos escândalos em que Geddel e Lúcio se envolveram.

Neste contexto de profundas divergências entre a direção estadual e o diretório municipal, aumenta a possibilidade de um esvaziamento do partido a nível local, através de um movimento de desfiliação em massa, o que tornaria o MDB em uma legenda inexpressiva e sem nenhuma serventia, se vier a cair nas mãos de algum político oportunista, ‘traíra’ e sem votos, através de uma vergonhosa negociata, que dizem já estar em curso.

O MDB de Itapetinga foi fundado por Michel Hagge há 41 anos, numa época em que ainda era dirigido na Bahia por políticos do quilate de Roberto Santos e Waldir Pires, sob a liderança nacional de Ulisses Guimarães, se transformando em um dos maiores redutos de oposição no estado, graças à seriedade e competência dos seus líderes locais, entupindo de votos os atuais dirigentes estaduais, em várias eleições, sem nenhum reconhecimento e consideração.

O MDB de Itapetinga é Michel e Rodrigo Hagge, e sem eles não vale um tostão furado!

Por Davi Ferraz 

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