O médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (Solidariedade), e a mãe do menino Henry BorelMonique Medeiros, foram presos temporariamente por 30 dias pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na manhã desta quinta-feira (8), suspeitos da morte do garoto, de 4 anos de idade.

O casal deixou a casa em Bangu, na Zona Oeste da cidade, no carro da polícia e segue para a 16ª Delegacia de Polícia da Barra da Tijuca, onde presta depoimento. Depois, eles serão encaminhados para o sistema penitenciário.

Segundo a policia, a prisão temporária contra os dois foi pedida porque eles obstruíam as investigações, intimidavam testemunhas – como ex-namoradas de Jairinho – e combinavam versões.

Os investigadores também acreditam que houve tortura contra a criança, mas que a mãe não presenciou a cena. No dia da morte, o menino Henry Borel passou o dia com o pai e somente à noite foi entregue para Monique.

Pouco depois da morte de Henry, em 8 de março, o vereador ligou para um alto executivo da área de saúde para tentar impedir que o corpo de seu enteado fosse encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).

Jairinho também ligou para o governador Claudio Castro (PSC), mas Castro informou apenas que a polícia se encarregaria do caso.

O laudo pericial prévio indicou à polícia que o menino apresentou lesões graves por todo o corpo. Além da morte de Henry, o delegado Henrique Damasceno ouviu diversas testemunhas, dentre elas, ex-namoradas de Jairinho e a ex-mulher. O parlamentar é suspeito de agressões e violência doméstica.

A polícia também apreendeu nesta quinta-feira o celular da babá do menino. Os investigadores suspeitam que ela tenha mentido sobre o conhecimentos de agressões contra Henry Borel e periciarão o aparelho.

Conforme apurou o analista da CNN Igor Gadelha, o Solidariedade decidiu expulsar o vereador de seus quadros. “Diante dos novos fatos publicados, a Executiva Nacional em conjunto com a Estadual do partido Solidariedade resolve expulsar, de forma sumária, o vereador  Dr. Jairinho”, diz a legenda.

Após o depoimento de Jairinho e Monique, o advogado André França Barreto negou qualquer tentativa dos dois de terem tentado fugir ou destruir seus celulares para evitar investigações.

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