O aumento de itens da cesta básica, principalmente o arroz que chega a custar o dobro do preço habitual, tem sido pauta do país nesses últimos dias. Conforme Joel Feldman, diretor da Cesta da Povo e presidente da Associação Baiana de Supermercados  (Abase), são três fatores que fazem o preço subir neste período de pandemia do coronavírus.

“Tem fatores que fazem com que o produto chegue a esse preço, que é o fator de oferta e demanda e a escassez do produto no mercado interno. Com a valorização do dólar o produtor brasileiro passou a colocar esse produto para fora, a China compra tudo que vê pela frente hoje e sobra pouco para o povo brasileiro e o produtor de arroz no Brasil reduziu o plantio na pandemia. Então são três fatores: redução da área plantada, valorização do real e o auxílio emergencial do governo federal que alcançou boa  parte da base da nossa população”.

Feldman criticou ainda a fiscalização do Ministério Público. “Não adianta o MP fiscalizar o supermercado porque o supermercado ele não faz o preço onerar, quem faz é a base pilar da economia. Se o produtor colocou para o mercado externo vai sobrar pouco no Brasil e obviamente quando você tem menor oferta, o preço sobe. O preço chega ao mercado pela indústria. Antes comprávamos o arroz por R$2,40, R$2,50, e era vendida abaixo de R$3,00. Hoje chega acima de R$  5, 00 e vai ser vendido a R$5,99  ou mais”, explicou, em entrevista à Metrópole, nesta quinta-feira (10).

“Mas não é só o arroz. Soja, o mundo inteiro está comprando soja e o Brasil não tem óleo de soja hoje. Vai faltar e já falta em diversas redes de supermercados”, completou

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