CATOLÉ 1

No momento em que a população de Vitória da Conquista vive a expectativa positiva com as renovadas promessas do Governo do Estado, via Embasa, de construção da barragem do Rio Catolé, próximo à sua nascente em Barra do Choça, a população de Itapetinga, 100 km rio abaixo, vive o drama  da incerteza com o futuro do rio, que abastece a cidade há quase um século da sua fundação.

Mesmo com o desaparecimento de alguns dos seus principais afluentes e as agressões que vem sofrendo com uma agricultura irrigada sem planejamento às suas margens, o Rio Catolé nunca ‘falhou’ com os itapetinguenses, abastecendo a cidade em períodos de seca intensa, sem maiores problemas. Nunca faltou água em Itapetinga.

Entretanto, com a expectativa da nova barragem e a demanda crescente por água na “Capital do Sudoeste”, a população da “Capital da Pecuária” tem receio de que a situação de Conquista se resolva, em detrimento de Itapetinga, que herdaria o sofrimento dos conquistenses, injustamente.

Sem maiores explicações por parte do Governo do Estado e pela Embasa, as dúvidas permanecem em Itapetinga, e a apreensão da população, entidades e autoridades é muito grande, até porque não existe nenhum estudo, por parte da Embasa, dos impactos da barragem rio abaixo. Se existe, a população e autoridades de Itapetinga desconhecem.

A Embasa se limita a dizer que Itapetinga não terá problemas, pois o rio é “perenizado pelos seus afluentes”, mas acontece que esses afluentes, o Duas Barras, Riacho do Ouro e Catolézinho, já secaram há muito tempo.

Em razão disto, entidades de Itapetinga já começam a se mobilizar, e a pauta da construção da barragem do Catolé em Barra do Choça tem tudo para emperrar, com uma enxurrada de ações na justiça, atrasando ainda mais a prometida e reprometida obra.

Itapetinga precisa de explicações, senão a barragem não sai…

Por Davi Ferraz 

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