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A exposição do áudio em que a secretária Verônica exige dos funcionários públicos que participem dos movimentos eleitorais é uma pequena amostra do que acontece por este Brasil afora, quando os detentores de cargos de confiança resolvem participar da campanha política como verdadeiros cabos eleitorais.

No entendimento de Verônica, todo mundo que recebeu uma oportunidade para trabalhar no governo Zé Carlos tem o dever de praticar um ato de reciprocidade, não só votando, como também participando ativamente da campanha dos candidatos do prefeito.

O prefeito Zé Carlos, alertado para a gravidade do que disse a secretária Verônica, imediatamente providenciou sua exoneração, para servir como atenuante em possível acionamento judicial.

As cobranças de participação eleitoral de contratados, fornecedores, prestadores de serviços e cargos de confiança, acontecem corriqueiramente em todas as prefeituras, pois o entendimento de quem contrata é de que o contratado lhe deve fidelidade, e por sua vez, o contratado sabe que aquele é verdadeiramente um emprego político, e sua continuidade estará comprometida se o grupo político fracassar.

Outro assunto importante da semana foi a saída do secretário Ricardo Dutra.

A versão de que a sua exoneração foi em função de completa desorganização na fazenda municipal, provocando inadimplência com contratados e fornecedores, é para consumo interno. Existe versão dando conta de que o secretário Ricardo não estava atendendo exigências pecuniárias para serem aplicados na campanha política do candidato de situação.

Se a segunda versão prevalecer e o prefeito não vencer a disputa eleitoral, o adversário que for vencedor poderá complicar sua vida com denúncias nos tribunais.

Por José Elias Ribeiro

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