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De forma açodada e intempestiva, o prefeito Zé Carlos enviou para a Câmara Municipal um projeto de lei pedindo autorização para realizar concurso público, visando o preenchimento de 137 vagas para diversos cargos na prefeitura.

Logo que o projeto chegou à câmara, foi motivo de contestação pelos vereadores de oposição, que o taxaram de “eleitoreiro” e de “carta marcada”, pelo fato de ter sido apresentado em final de governo e em período eleitoral.

Em razão disto, uma verdadeira batalha política passou a ser travada entre os governistas e opositores, culminando com acusações graves de um blog ligado ao prefeito, dando conta de que os vereadores de oposição estariam recebendo dinheiro (50 mil) para votar contra o projeto, o que levou o vereador João de Deus (PMDB) a propor abertura de processo contra o blog e seu editor.

Em contato com o Sudoeste Hoje, o vereador Alfredo Cabral declarou que sempre foi a favor do concurso público, mas que estranhou o fato do prefeito passar 7 anos e meio no poder, usando e abusando da contratação de servidores sem concurso, e mandar o referido projeto ao apagar das luzes, quando o seu mandato chega ao fim.

Outro aspecto que foi criticado por Alfredo Cabral é o número reduzido de vagas, apenas 137, quando a prefeitura necessita, no mínimo, de cerca de 800 novos servidores concursados, já que tem esse número de contratados.

Os vereadores de oposição pediram vistas ao projeto e devem apresentar diversas emendas, dentre elas uma que pede o aumento de vagas, de 137 para 500.

A população foi conclamada através do blog oficial e carros de som, a comparecer à câmara, na sessão desta quarta-feira (6), para pressionar os vereadores a aprovarem o projeto a todo custo, mas o plenário ficou vazio e o projeto não foi votado.

Pelo visto, o famoso ‘rolo compressor’ não funciona mais.

Por Davi Ferraz 

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