PETISTA

Historicamente, a política sempre nos reservou grandes surpresas, sejam através de adesões inusitadas, ingratidões, e principalmente através da ‘boa’ e velha traição. Em Itapetinga, vimos uma figura criada na cozinha do velho ACM associar-se ao PT, partido que sempre se apresentou no campo da esquerda.

Como neo-petista, Zé Carlos soube aproveitar-se muito bem dos momentos de êxito do PT, e à medida que governo petista carreava para a cidade importantes ações, como o Minha Casa Minha Vida, UPA, SAMU, UTI, água em Palmares, IML e outras relevantes ações, o novo adesista capitalizava para si todo o prestígio político, debitando na conta do PT local todas as dificuldades que surgiram no seu caminho.

O dado concreto é que os governos de ‘zecarlistas’ de Israel Miranda, Zenóbio Cerqueira, e agora de Cida Moura, nunca deram chance aos petistas da terra, que jamais tiveram espaço para crescer. Talvez por medo do crescimento político dos petistas, Zé Carlos sufocou a cada um deles, fazendo-os saírem de seu governo, a exemplo do que ocorreu com Miraldo Mota, Cledilene Batista, André Dantas, Marcos Gabrielli, Alécio Chaves e agora Sibele Nery.

Completando o ciclo de traições e desprezo aos petistas, o alcaide acaba de romper seu último acordo com o PT, que previa a participação do partido na escolha do candidato à sua sucessão, dizendo taxativamente aos petistas, que não caminhará com a pré-candidata petista, Sibele Nery. Zé Carlos teria dito ainda aos que “o momento da sigla PT é péssimo” e que ele não quer arcar com desgaste do partido.

Ao ignorar o combinado, Zé Carlos vira as costas para o partido que viabilizou a sua eleição e reeleição, apresentando como seu pré-candidato a prefeito um nome do PDT, o que foi recebido pelos petistas como um rompimento político.

Resta saber agora que caminho será percorrido pelo PT local, se os excluídos vão se juntar novamente e se Zé Carlos continuará filiado à sigla que usou, abusou e depois renegou.

Por Davi Ferraz

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