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Comerciantes e produtores rurais de dez cidades do sudoeste da Bahia começaram nesta segunda-feira (25) a contabilizar as perdas causadas pela falta de energia que durou mais de 40 horas, gerando, em alguns casos, prejuízos de até R$ 40.000.

Os municípios afetados foram Encruzilhada, Itambé, Caatiba, Cândido Sales, Macarani, Itarantim, Maiquinique, Potiraguá, Ribeirão do Largo e Itapetinga, onde uma torre de transmissão da zona rural caiu por causa das últimas chuvas na região e provocou o “apagão”.

miraldo-mota-300x300Todos os setores produtivos e o comércio em geral foi afetado, sobretudo os pequenos mercados da região, em que o resultado foi a perda de mercadorias que precisam ficar congeladas. Nesta segunda, iogurtes, massas, comidas prontas, frangos, carnes, leites, manteigas e afins tiveram que ser jogados no lixo.

“Estou contabilizando ainda, mas foi um prejuízo muito alto, tiro por baixo uns R$ 5.000″, disse o empresário Miraldo José de Araújo, 55, dono de um supermercado em Itapetinga, cidade baiana que é uma das maiores produtoras de leite do Nordeste.

O leite que seria vendido no fim de semana pela Cooleite, uma cooperativa dos produtores locais, serviu apenas para usar como alimento para porcos e outros bichos. “Perdemos mais de 20 mil litros, o que dá uns R$ 40.000″, contou o presidente da Cooleite, Antonio Rodrigues. Ele afirmou que vai entrar na Justiça com pedido de indenização contra a Coelba.

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O posto de gasolina da cooperativa teve de ficar parado durante dois dias, o que o fez deixar de comercializar ao menos R$ 15 mil por dia. “Desde as primeiras horas de sábado entramos em contato com a Coelba e nos foi garantido que a energia voltaria até o meio-dia. Depois, adiaram para o final da tarde e nada. Se tivessem nos dito logo a gravidade do problema, teríamos tomado nossas providencias”, reclamou Rodrigues.

O dono de uma sorveteria de Itapetinga que não quis ter o nome divulgado, contou que várias pessoas que possuem diabetes foram no estabelecimento dele comprar gelo para preservar a insulina. “Teve uma hora que o gelo acabou e não sei o que elas fizeram”, disse o comerciante, que também vai pedir indenização à Coelba.

Em nota, a Coelba esclareceu: “Desde o início do problema, técnicos foram acionados e trabalharam para restabelecer o sistema. Os trabalhos foram prejudicados pelas intensas chuvas, solo encharcado, além da localização da estrutura em local íngreme, na subida da serra”, comunicou a Coelba.

“Para conclusão do serviço foi necessário construir acessos e utilizar trator de esteira e retroescavadeira. A Coelba lamenta a falta de energia e coloca-se à disposição para os esclarecimentos necessários”, finaliza a nota. Ascom CDL

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