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No auge da crise entre o vice-prefeito Alécio Chaves e o prefeito Zé Carlos, em junho passado, o circo parecia pegar fogo em Itapetinga, com o vice ameaçando denunciar todas as mazelas da prefeitura, com base em uma “vasta documentação” a que teria tido acesso, durante os seus 75 dias de governo.

Tirando o episódio da ata forjada, que foi parar na delegacia, nada mais veio à tona, com Alécio se calando, como o fiel cristão que faz ‘voto de silêncio’ para não cair no pecado.

É lógico que a população esperava muito mais de Alécio Chaves, que bradou aos quatro ventos que nunca havia concordado com os maus feitos do prefeito, chegando a demitir figuras chaves do governo, como Ricardo Dutra, Tiquinho, Dr. Emmanoel, Romildo Teixeira, um procurador do município e a pregoeira municipal.

Com exceção do secretário de saúde, que foi demitido após denúncias da imprensa dando conta dos processos em que foi condenado no Espírito Santo, a motivação de Alécio para demitir os demais continua no mais absoluto sigilo, para decepção geral da nação. Confesso que cheguei a acreditar que Alécio Chaves tivesse mesmo “aquilo roxo”, mas pelo visto, foi só ‘farromba’.

Se existem provas de irregularidades que possam realmente envolver o prefeito e membros da sua equipe, e devem existir mesmo, é obrigação de Alécio denunciar à imprensa e levar às autoridades, sob pena de conivência, até porque todos os demitidos foram renomeados por Zé Carlos, o que coloca em cheque os motivos das demissões.

Se não o fizer, perde toda a popularidade angariada no racha com o prefeito e fica sem nenhuma credibilidade para acusar o prefeito e sua gang, nos palanques do ano que vem.

Vai encarar?

Por Davi Ferraz

Feira-do-Lar (1)

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