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Apesar da sinalização feita no discurso pós-urnas neste domingo, aliados de Marina Silva (PSB) afirmam que o apoio à candidatura de Aécio Neves (PSDB) no segundo turno dependerá do compromisso do tucano com pelo menos três pontos: fim da reeleição, continuidade do que ela chama de conquistas econômicas e sociais e políticas direcionadas à sustentabilidade e meio ambiente.

Assessores próximos da ex-senadora avaliam que o tucano não terá dificuldade em atender aos pedidos – ele já defendeu publicamente o fim da reeleição e as propostas na área econômica têm familiaridades. “O Aécio também defende Banco Central independente, mas ele deixou a Marina apanhar sozinha”, afirma um assessor.

Também pesa a favor o fato de a proposta para o meio ambiente dele ter sido elaborada por Fabio Feldman, ex-aliado da pessebista. “Nosso plano tem 99% de convergência com o de Marina. Será um apoio bastante natural, inclusive pelos ataques covardes que o PT cometeu”, diz Feldman.

A questão é o tempo – agora são vinte dias até o segundo turno. Os aliados afirmam que ela deveria demonstrar mais pragmatismo e não repetir erros da campanha no primeiro turno. “Ela ‘perdeu perdendo'”, diz um aliado, em referência ao “ganhar ganhando”, expressão que ela usou no primeiro turno para justificar sua resistência em rebater os ataques do PT.

Outra opinião recorrente na equipe dela é que optar pela neutralidade seria prejudicial para a vida política da ex-senadora, derrotada nas duas últimas eleições presidenciais.

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