Médica que atropelou irmãos em Salvador deverá responder processo por duplo homicídio qualificado, na prisão. Foto A Tarde

Médica que atropelou irmãos em Salvador deverá responder processo por duplo homicídio qualificado, na prisão. Foto A Tarde

A Tarde

A médica Kátia Vargas Leal Pereira, 45 anos, deixou o Hospital Aliança na manhã desta quinta-feira, 17, por volta das 9h15, para prestar depoimento e ficar detida. O advogado Vivaldo Amaral, que defende Kátia, acompanhou o deslocamento de sua cliente, levada para a penitenciária feminina, em Mata Escura. Ela chegou por volta das 9h40.

Ao sair do hospital, pela porta da frente, a médica, que segurava um terço, evitou falar com a imprensa. Sem algemas, ela usava um colar cervical. Kátia, que ficou o tempo todo com as mãos suspensas para esconder o rosto, foi conduzida em uma viatura da polícia após a delegada Jussara, da 7ª Delegacia do Rio Vermelho, chegar a unidade médica.

Daniel Keller – advogado da família dos irmãos Emanuelle e Emanuel Gomes Dias, mortos no acidente envolvendo a médica – também acompanha a prisão de Kátia.

Na tarde desta quarta, 16, o Ministério Público (MP) divulgou o resultado da perícia feita pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT) sobre o estado de saúde de Kátia. O laudo apontou que não havia necessidade da médica continuar internada. O relatório do Aliança, no entanto, informou que a paciente precisaria ficar em observação por mais 24h ou 48h.

Médica fala em suicídio

No mesmo relatório do MP, o promotor Davi Gallo informou que a médica Kátia Vargas contou aos peritos, que foram ao Aliança para avaliá-la, que estava arrependida e com vontade de se suicidar. No entanto, ele ressaltou que este posicionamento da suspeita “pode ser uma orientação da defesa”.

“Se ela tivesse comportamento suicida, os peritos teriam acrescentado no laudo. Mas eles apenas contaram que ela disse isso. Não vejo arrependimento, nem vontade se matar. Ela tem medo de perder a liberdade”, relatou.

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