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Sem conseguir apoio dos partidos que sustentam seu governo no Congresso Nacional, o Palácio do Planalto jogou a toalha e desistiu da proposta de realizar um plebiscito para promover a reforma política no país às pressas, visando as eleições de 2014. Nesta quinta-feira, dez dias depois de a presidente Dilma Rousseff sugerir a realização do plebiscito em resposta à onda de manifestações que tomou as ruas, o vice-presidente, Michel Temer, admitiu que a proposta é inviável.

A partir de agora, segundo Temer, o governo tentará armar um plebiscito simultâneo ao segundo turno das eleições do ano que vem – eventuais mudanças implementadas só valeriam a partir do pleito municipal de 2016. Na prática, porém, o discurso de insistir na ideia é uma tentativa de minimizar a humilhação imposta ao governo Dilma Rousseff desde que a proposta do plebiscito foi sacada da manga. Desde então, cresceu no Congresso a avaliação de que a presidente tentou transferir parte da pressão que assombra seu governo para os deputados e senadores. Mais: que a manobra oportunista acorbertava os interesses do PT para as eleições de 2014.

Pelos planos do governo, o plebiscito deveria ocorrer em setembro, antes das eleições de outubro. Ou seja, apesar da tentativa de dar um verniz democrático, a proposta tinha o objetivo claro de beneficiar o PT, interessado em aprovar o financiamento públicio de campanhas. O motivo: se aprovado, o modelo destinaria os recursos conforme a votação na eleição anterior, ou seja, a maior fatia ficaria justamente com o PT.

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