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Bahia 247

O petista Jaques Wagner (PT) reiterou as palavras do chefe de sua Casa Civil e preferido para tentar lhe suceder no ano que vem, Rui Costa, que também é do PT, de que nenhum outro governador fez tanto pela Bahia quanto ele. Segundo o comandante do Executivo, o Estado já investiu mais de R$ 6 bilhões.

A bola da vez é o investimento do governo federal de mais R$ 1 bilhão para obras de mobilidade, entre elas construção de vias diretas ligando a BR-324 a Avenida Paralela, construção de viadutos nas imediações do Imbuí.

E os principais desafios de Jaques Wagner para provar aos baianos que seu governo é mesmo o melhor da história são dois; a pior seca dos últimos 50 anos, que demonstra falta de planejamento e de ações preventivas, segundo os opositores; e, em Salvador, a mobilidade urbana. 

Um dos exemplos utilizados pela minoria na Assembleia Legislativa é Via Expressa Baía de Todos os Santos, cujo objetivo é tirar de circulação do centro da cidade grandes caminhões que entram em Salvador pela BR e passa por vias complicadas como Avenida Heitor Dias até chegar às docas, no Comércio.

O governador inaugurou aos pedaços dois dos viadutos, mas o principal, que deve levar os caminhões diretamente da BR ao porto, ainda não está pronto. E com os holofotes no metrô e na Arena Fonte Nova, ninguém ouve mais falar na Via Expressa.

A movimentação de Jaques Wagner e de secretários, conforme observa a oposição, pode ter caráter ‘eleitoreiro’, pois as ‘obras’ são anunciadas com muito estardalhaço na reta final do seu governo.

Outra observação dos opositores é que todas as obras anunciadas pelo governo do estado são para 2014. Ou seja, segundo os opositores, objetivo é passar a ideia à população de que se o futuro governador não for da base de Wagner, as obras não ficariam prontas.

Retomando o anúncio dos R$ 1 bilhão adicionais para mobilidade, este foi feito em verdadeiro espetáculo na inauguração da Arena Fonte Nova na sexta-feira (5) diante da presidente Dilma Rousseff, cuja gestão, vale observar, mostra resultados favoráveis ao povo brasileiro.

Wagner anunciou o dinheiro e as obras depois de acertar com o prefeito ACM Neto (DEM) a transferência do metrô de Salvador e dos trens do subúrbio para o Estado. O governador disse que com os trens, as linhas 1 e 2 do metrô, com o metrô da Paralela e com as vias estruturantes, Salvador verá o problema da mobilidade (ou falta dela) resolvido.

Vale destacar o que a oposição já observou: nada disso é para agora. “Não me pergunte sobre prazo”, disse Wagner na coletiva que concedeu para anunciar que o metrô calça curta agora está sob sua gestão.

E tem também a ponte Salvador-Itaparica, cujo ‘pai’ é o ex-presidente da Petrobras e atual secretário do Planejamento da Bahia, José Sérgio Gabrielli, que também briga para cair na simpatia do chefe rumo às eleições 2014. Para construí-la, o governo estima custo de R$ 7 bilhões. Parece que Gabrielli escolheu um caminho complicado para chegar a Ondina.

Enfim, das grandes obras, a mais avançada é a via que vai levar os caminhões da BR-324 ao porto da capital baiana.

O metrô calça curta, construído há 14 anos ao custo de R$ 1 bilhão agora é patrimônio do Governo da Bahia e deverá entrar em operação assim que o metrô da Paralela estiver pronto. O compromisso do Estado, reafirmado pelo governador mais uma vez na sexta (5), de levar o metrô a Cajazeiras.

O calça curta está um pouco mais avançado, pois o da Paralela ainda será licitado. Até agora nem uma pedra foi removida do canteiro central da maior avenida de Salvador. E também não pergunte ao governador sobre prazo para concluí-lo. Na verdade para ele começar a ser construído. Assim como as demais grandes obras do Estado, esta também deverá ter início em 2014.

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