Família do lavrador Elcio Macedo, 42, que vive sem luz desde que nasceu, em São Desidério (BA). A iluminação ainda é na base do candeeiro ‘fifó’

Folha

Um dia chamada de “mãe do Luz para Todos” pelo então presidente Lula, Dilma Rousseff completará seus quatro anos na Presidência da República sem acabar com a exclusão elétrica do país. Desde que foi lançado, em 2003 (Dilma era ministra de Minas e Energia), o programa Luz para Todos alcançou cerca de 3 milhões de famílias. De acordo com o governo, restaria atender 342,7 mil, o que ocorreria até 2014.

Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e de distribuidoras nos Estados, porém, mostram um quadro diferente. No início deste ano, o saldo de moradias sem energia elétrica chegava a 1 milhão –de um total de 58,5 milhões de residências no país, segundo o IBGE.

A diferença existe porque, com o avanço de novas moradias, a base do governo se defasou. Além disso, muitas dessas residências ficam em locais de difícil acesso. No atual ritmo de atendimento, mais de 285 mil devem continuar sem luz depois de 2014. “Vai ficar um passivo em regiões mais isoladas”, afirma Sérgio Lima, coordenador do programa na Bahia.

O Estado da Bahia lidera o ranking das ligações necessárias para a chamada universalização: são 323 mil residências sem luz, ante 220 mil do Pará e 91 mil do Amazonas.

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