Milton Marinho

Na realidade a Azaleia já vem fechando há algum tempo. Todo dia seus empresários demitem uma leva de trabalhadores sem nenhum remorso ou pudor, simplesmente porque, instaladas aqui em nossa região, com todas as condições favoráveis, toda a hospitalidade do povo baiano, toda riqueza da matéria prima, todos os incentivos fiscais, ainda assim não se conformam em ganhar muito, porque muito é muito pouco para definir os lucros percebidos por eles EM SUAS GORDAS CONTAS BANCÁRIAS, tendo como contra partida, a mão de obra barata de nossos trabalhadores.

Eles querem mais, muito mais. Eles querem sugar as riquezas naturais da terra até que a terra gema e estrangule suas fontes e seus mananciais, depois, como aves de arribação vão plantar suas sementes em outro lugar, para implantar e praticar essa mesma filosofia de vida até que a terra e a força de seus homens dêem seus últimos suspiros e, daí, eles busquem outras terras e outros homens de pensamento igual, que visam ampliar o elo da corrente imperiosa e universal do tal e em nome dele, o anjo de luz que caiu do céu chamado MERCADO, o mais cruel deles, o novo e velho lúcifer.  Valei-me Nossa senhora! É Em nome desse velho inimigo que os empresários cada vez mais vão atender as necessidades vorazes de suas ganâncias enraizadas no capitalismo monstruoso.

Sistema falido, que não consegue distribuir, só somar, gerando riqueza para os mesmos de sempre e pobreza para a grande maioria. Detentor do passe de consumidores criados por eles mesmos e suas fantasias desnecessárias no mundo desenfreado do consumo de seus produtos, cada vez mais desnecessários e cada vez mais consumidos. É a ilusão da mídia como forte aliada e irmã siamesa dessa legião de demônios chamado mercado. O menino que éramos há algum tempo e que nossas mães compravam um corte de tecido nas Casas Pernambucanas, para o senhor Agapito alfaiate fazer uma calça, hoje só quer uma roupa de marca “irada” da ELLUS, ou um tênis maneiro da NIKE, ao invés de um “roló”, feito por Orlando sapateiro, e por aí vai… É a escravidão do mercado sobre todos nós. Cristo, mais uma vez estava certo quando dizia que o mundo jaz no maligno.

Os empresários dominadores da natureza querem comer “a carne toda”, depois indenizam com uma miséria os seus trabalhadores e saem, “à francesa”, de fininho para explorar outras regiões onde a mão de obra é mais do que humilhante ou escrava, é criminosa.  O governo Wagner foi fraco com estes empresários, digo mais, foi um aliado dessa classe, vou mais longe, o governo do PT com este comportamento alterou o contrato social que tinha com os nossos trabalhadores e firmou uma sociedade com a mais rica e devoradora classe empresarial seguidora do monstro voraz chamado MERCADO.  Mercado este, que segue sua rotina promovendo a grande ilusão do desenvolvimento e quebrando-a, destruindo sociedades inteiras seus explorando homens e mulheres que ainda restam como força de trabalho pelo mundo a fora.

Compartilhe em suas redes sociais!