Depois da farra eleitoral, quando a prefeitura contratou e terceirizou servidores para atuarem como cabos eleitorais, parece que o desmonte da máquina já está começando. Sob o pretexto de “ajustar as contas”, esses contratados e já vêm sendo demitidos, à conta gotas, para não fazer estardalhaço, sob a promessa de que retornam a partir de janeiro.

Como já havíamos previsto, cortes nas gordas comissões de cargos de confiança também já estão sendo realizados, para ‘aliviar’ as finanças municipais, o que já está gerando a maior ‘chiadeira’, pois atingem os que sempre se acharam imunes a esses ajustes, por se considerarem merecedores de tratamento ‘vip’, por parte do prefeito. Por que razão, só eles sabem.

O fato é que a prefeitura de Itapetinga está literalmente quebrada e precisa pisar no freio da gastança, para não inviabilizar de vez. Embora necessárias, as medidas adotadas pelo prefeito são inócuas, pois não atingem o ‘nó’ da questão, que é muito mais profundo e complicado. O rápido enriquecimento de assessores e secretários municipais, que ostentam condição econômica incompatível com os salários que percebem, desafiam a inteligência de nós mortais e arrombam, sem pena nem dó, com as finanças municipais. É essa torneira que precisa ser fechada.

Se o prefeito quer mesmo equilibrar as contras municipais, que faça então uma profunda reforma administrativa, demitindo os sangue-sugas que o cercam e nomeando gente honesta e competente, a bem do serviço público. Se assim não proceder, demonstra que é refém, ou até mesmo conivente com esse perverso esquema.

Zé Carlos, pelo que fez e deixou de fazer, merecia ter perdido a eleição, mas o eleitorado sem memória, juízo e consciência, resolveu lhe dar mais uma oportunidade. Que faça, então, por merecer.

Por Davi Ferraz 

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