Número de funcionários vem sendo reduzido drasticamente

 

ITAPETINGA: Levantamento feito pela Assessoria de Comunicação da Coligação Novo Tempo para Itapetinga, por meio de pesquisa a banco de dados da Gerência Regional da SUDIC em Itapetinga, constatou que entre abril de 2011 a julho de 2012 a perda de empregos com carteira assinada na microrregião, só na empresa Vulcabras Azaleia, foi de 12.803 empregos, sendo sua grande maioria no município de Itapetinga, onde está instalada a sede da empresa.

Trocando em miúdos, em abril de 2011 havia 25.316 trabalhadores na Vulcabras Azaleia e em julho deste ano, apenas 12.513, segundo a SUDIC. Agora é só o leitor fazer a conta para ter uma ideia das perdas para a economia de Itapetinga e microrregião, além do grave problema social que o desemprego provoca para as milhares de famílias afetadas.

O impacto do alto índice de desemprego em Itapetinga também pode ser avaliado com os dados do CAGED-Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho. Segundo dados do CAGED, só o setor da Indústria de Transformação, responsável por aproximadamente 20 mil novos empregos entre maio de 2008 e julho de 2012, exclusivamente em Itapetinga, também foi responsável por 18.636 demissões no município, no mesmo período. O segmento da Indústria de Transformação inclui predominantemente a Vulcrabras Azaleia, mas também comporta outras empresas.

Como se não bastassem as demissões em massa, Itapetinga, enquanto município, desde a instalação do Distrito Industrial,  não tem tido força para atrair novas empresas para compensar o desemprego desenfreado dos últimos anos. Ao contrário,  ainda de acordo com a  Gerência Regional da SUDIC no município, cerca de 6.500 novos empregos, que poderiam ter vindo para Itapetinga, foram perdidos para Vitória da Conquista, Itarantim e Campina Grande(PB).

“Diretores das indústrias Maratá (de alimentos), Majal e Paquetá (de calçados) estiveram em Itapetinga e chegaram a apresentar ao prefeito suas solicitações de parceria para instalar aqui as indústrias, porém, diante da falta de interesse no apoio que pretendiam, decidiram apostar em outros municípios onde tiveram melhor receptividade”, lamenta o gerente regional da SUDIC em Itapetinga.

A Maratá, por exemplo, queria do município a cessão, em comodato, de um terreno de 100 mil metros quadrados para instalação da fábrica que iria gerar 3.000 empregos.  A Majal pediu terreno de 30 mil metros quadrados, chegou a medir a área, mas como dependia de intermediação do governo municipal para conseguir também um dos galpões vazios no Distrito Industrial de Itapetinga (que antes era utilizado, pela Vulcabras Azaleia) e essa  intermediação não veio, desistiu de trazer para cá mais de 1.500 empregos.  A Paquetá Calçados iria gerar 3.000 novos empregos.

“O papel do gestor municipal, numa hora dessas, é de mobilizador. Deve buscar soluções junto ao governo do Estado, mobilizar a Câmara de Vereadores, se necessário, até desapropriar terrenos, mas nunca deixar as empresas irem embora”, afirma o gerente da SUDIC, que mediou os contatos. Enquanto isso, os trabalhadores, os comerciantes, prestadores de serviços e a população de Itapetinga, em geral, choram suas perdas, cada vez maiores.

 

 

 

 

 

 

 

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