A Procuradoria Geral do Estado da Bahia anunciou nesta sexta-feira (30) que vai recorrer, dentro do prazo legal de 30 dias, da decisão da Vara da Auditoria Militar que anulou o ato administrativo que resultou na expulsão do soldado Marco Prisco da Polícia Militar. Mesmo afastado da corporação, ele foi o principal líder da greve da PM baiana em fevereiro passado e ficou preso por 43 dias após o fim do movimento.

Na quarta-feira passada, após tomar conhecimento da decisão da Auditoria Militar, Prisco chegou a comemorar sua reintegração ao Corpo de Bombeiros, onde era lotado. Mas, em nota distribuída nesta sexta, a Procuradoria informou que não houve antecipação dos efeitos da tutela no processo, ou seja, não há ordem para cumprimento imediato da reintegração do ex-PM à corporação. Além disso, o recurso que será interposto tem efeito suspensivo.

Em sua decisão, a Auditoria Militar também recomendou uma nova apuração dos fatos ocorridos durante o movimento grevista da PM em 2001 e que resultaram na prisão e expulsão de Marco Prisco.

Presidente da Associação dos Policiais, Bombeiros e seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra) e líder da recente greve da PM, Prisco ficou conhecido nacionalmente depois que o Jornal Nacional, da Rede Globo, divulgou conversas telefônicas gravadas com autorização da Justiça, nas quais ele aparece combinando atos de vandalismo, como a queima de caminhões e o fechamento de rodovias.

Ele e os demais líderes do movimento grevista estão respondendo em liberdade a acusações de formação de quadrilha e destruição de patrimônio público. Isso porque, além de invadirem e ocuparem o prédio da Assembleia Legislativa, os grevistas capturaram e danificaram algumas viaturas da Polícia Militar.

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