ITAPETINGA: Acompanho a política em Itapetinga desde os tempos em que ‘seu Juvino’ era o manda-chuva por estas bandas e confesso que nunca vi um período pré-eleitoral tão frio como este agora. Com exceção do atual prefeito, que deve tentar a reeleição pelo PT e do pré-candidato Arnaldo Teixeira, que lançou a sua candidatura ‘solo’ pelo PR e que vem crescendo a cada dia, nos demais grupos políticos locais gera a apatia e a indefinição. Não que não haja quem queira se candidadar, mas por absoluta indecisão dos ‘chefes’ dos grupos dominantes de oposição, ‘gabirabas’ e ‘bacalhaus’, que se enclausuraram e estão adiando o processo, de forma arriscada e perigosa, para a última hora.

Entre os peemedebistas, a espera é pela definição do líder Michel Hagge, que ainda se recupera de problemas de a saúde, deixando os ‘postulantes’ do partido no compasso de espera. Uma agonia terrível. Há, dentro do próprio grupo, quem aposte na candidatura do próprio Michel, um nome muito forte, mas com enorme rejeição. Se dependesse da vontade dele, com certeza emplacaria a filha Virgínia, mas esta possibilidade é mínima diante da fraca atuação política da sua pretensa herdeira, que já se acomodou em um belo cargo político na capital e que por aqui não pisa, faz muito tempo. Kátia Espinheira, Dr. Silvio Macedo e Dr. Rodolfo Schettini são as opções naturais do grupo, salvo se o velho ‘cacique’ não estiver escondendo o jogo e queira, de última hora, retirar uma outra carta da manga.

Nas hostes dos Democratas, o nome mais forte é, sem dúvida, o do ex-prefeito José Otávio Curvello, ‘criador’ dessa aberração administrativa que desgoverna a cidade, causador de todos os males que nos assolam. Líder em todas as pesquisas eleitorais realizadas até agora, José Otávio jura por todos os santos que não será candidato, embora se comporte como tal, participando de todos os eventos realizados pelos partidos de oposição e articulando uma difícil costura para unir as oposições em torno de uma candidatura única. Para mim, ele é candidatíssimo e faz o mesmo jogo de Michel, seu antigo arqui-rival. Se facilitar, podem fazer até uma dobradinha…

Apesar das indefinições do chefes políticos, o eleitorado não desanima e espera, ansiosamente, pela escolha de um bom nome que aglutine todas as forças de oposição, para mandar Zé Carlos, definitivamente, de volta à praça de taxi, de onde nunca deveria ter saído.

Por DAVI FERRAZ 

 

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