Há poucos meses, no auge da crise da Azaléia, o prefeito Adroaldo soltou um panfleto, dizendo ter sido ele o negociador junto ao governo do estado e que, mediante sua luta os empregos dos trabalhadores da Azaléia estavam garantidos. É claro que ninguém acreditou nas notícias do panfleto exibidas pelo prefeito, até porque a luta não fora exclusivamente dele. Que ele teve lá suas preocupações, claro que teve. Também pudera, são trabalhadores, que, desempregados, iriam bater na porta de sua “firma”, que ele assim considera a prefeitura de Itororó. Digo isso, porque antes de se eleger com sua humildade franciscana se dizia que seria empregado do povo, logo que eleito, passou a ser o chefe desse mesmo povo começou, segundo ele e, a botar “ordem na casa”, a seu bel prazer, sem perguntar ao povo sobre as suas reais necessidades.

Volto à questão da Azaleia, me beliscando por não acreditar nesse presente de Natal dos magos empresários da Azaleia. Não, não pode ser esse o Natal que o governo desejou para esses trabalhadores. Essa “catrupia” de empresários bandidos, criminosos, assaltantes do povo, porque esta ação dessa tropa de elite do empresariado brasileiro não pode ser vista de outra forma. Na calada da noite eles vêm e cometem esse crime. – Os trabalhadores ganham uma esmola e eles ainda roubam essa esmola… Nossos líderes ainda os chamam de “ingratos” ingratos uma pinóia! Isso é um crime contra quase três mil trabalhadores e os prefeitos, ora os prefeitos!… (eles não se diferem em nada uns dos outros e desses empresários), com raríssima exceção. Eles não vão poder fazer nada, porque são subsidiados em suas campanhas eleitorais para que nesses momentos cruciais não possam fazer nada. A não ser passar a mão pelas suas cabeças e chamá-los de “ingratos” e vai ficar por isso mesmo, torço e rezo que me contrariem.

Os prefeitos estão tão comprometidos com os trabalhadores quanto com os empresários e, são eles que sempre aparecem nos meios de comunicações e dizem que estão a favor dos trabalhadores, e foram por fraqueza e incompetência deles, que eles, os gananciosos empresários reservaram para os trabalhadores de Itati e suas famílias, esse “Presente dos magos”.

Que Natal é esse companheiro? Como é que vocês estão a favor dos trabalhadores, que geram a riqueza do país e vocês punem os mesmos trabalhadores deixando os empresários do ramo calçadista nadar de braçadas com o dinheiro e os incentivos do estado, e o dinheiro e os incentivos do estado são o suor dessa massa trabalhadora que é apanhada de surpresa por essa corja. Que estado é esse que está refém desses bárbaros servidores de um sistema falido. Falido, porque só consegue gerar riqueza para poucos e miséria para muitos, não é atoa que o mundo é ocupado por bilhões de pobres e poucos “biliardários” sanguessugas do povo.

O que o governo do estado vai fazer agora? Punir os empresários de que forma? Retornando os trabalhadores para seus postos de trabalhos, quando? E quem vai pagar pelos danos morais, transtornos psicológicos, sequelas físicas de funcionários que trabalham a pulso há muito tempo, por conta desse único e miserável salário que os mantêm vivos?

Se o empresário descumpre o acordo com o governo, é o trabalhador que paga o pato? Então temos um estado fraco. Pois o grande empresário funciona como gato de hotel, comendo e miando nas costas desse estado que somos todos nós e representado por um conglomerado de líderes que vai desde o vereador canalha, a esferas maiores de um estado sem pulso para enfrentar esses monstros representantes do capitalismo predatório, aliados a prefeitos como o de Itororó que não sabem o que dizer numa hora dessas e fica no “INRROLEICHON” passando a mão pela cabeça desses canalhas que não tem mais a quem servir senão a eles mesmos e a sua ganância sem limites. Todo o governo se mostra fraco. É preciso que ele, o governo baiano tome umas garrafadas de “Biotonico Fontoura e Emulsão de Scotch” pra ver se abre o apetite e saem em defesa dos trabalhadores da Azaleia e da Bahia, não em auxílio aos opulentos e cruéis empresários como os dessa empresa, a Azaleia.

Gostaria de desejar para todos vocês de itati e da região um feliz natal, mas não posso, pois seria uma ironia. O que posso fazer é pedir a Deus que oriente a todos e que aponte um caminho para estes trabalhadores, agora abandonados. O presente dos magos para os trabalhadores de Itati e demais unidades da Azaleia é um clássico presente de grego.

MILTON MARINHO

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