Linha de produção da fábrica Vulcabras/Azaléia

ITAPETINGA: Após superar um período de grave crise causada pelas concorrência dos calçados chineses, a Vulcabras/Azaléia, indústria que mais gera empregos na Bahia, volta às suas famosas demissões em massa, causando grande apreensão nos meios econômicos e políticos do Estado.

No decorrer da semana, houve um verdadeiro ‘burburinho’ na Assembléia Legislativa, onde a noticia de que a Azaléia voltara a demitir, caiu feito uma bomba. Deputados governistas e oposicionistas saíram um busca de informações, preocupados com os efeitos de uma nova onda de demissões, que já chegou a ameaçar a permanência da importante indústria na região de Itapetinga, na crise que começou no ano passado e só foi estancada em meados deste ano, com a promessa do governo em liberar financiamentos para a empresa.

Saímos em busca de informações a respeito dessa nova onda de demissões e apuramos o seguinte: a Azaléia está, de fato, demitindo funcionários quase que diariamente, da mesma forma que ocorreu no ano passado, dando ‘preferência’ aos operários ‘faltosos’ e de ‘fraco desempenho’. Entretanto, nada pudemos apurar em relação à quantidade de demitidos, nem a respeito da ‘meta’ da empresa, em relação a essas demissões.

Alguns funcionários e sindicalistas falam que a empresa pretende demitir entre 1000 a 3000 operários, e que o principal motivo seria o descumprimento do governo, em relação ao acordo que foi assinado com a empresa, para liberação da última parcela do empréstimo de R$ 63 milhões, que não teria sido liberada até hoje, apesar da enorme propaganda dos petistas, estaduais e locais, que posaram como verdadeiros ‘salvadores da pátria’, na última crise da Azaléia.

Espera-se da empresa, do sindicato e do governo, uma explicação sobre essa nova onda de demissões, que volta a preocupar toda a comunidade regional.

Por DAVI FERRAZ

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