NO GOVERNO DE ADROALDO NÃO TEM CORRUPÇÃO. TODOS SÃO SANTOS.

WALTER MARQUES MERECE 50 CHIBATADAS E UMA BACIA DE SALMORA.

As portas dos céus estão se abrindo. O reino justo que custava em chegar, chegou. Recuso-me a acreditar que no governo do prefeito Adroaldo, meu rei, tenha uma unha de corrupção. Uma “frepinha” dessa moléstia incurável que percorre as artérias desse governo justo, mais que justo. Justíssimo! Um homem que governa com mão de ferro, que tem o controle da cidade nas mãos, que trás os funcionários pelo cabresto, que tem o alto escalão monitorado 24 horas por dia, o PT (com exceção de Sir Paulo Campos, herói da resistência armada de ética e poesia), mais fraco que Sansão ante a tesoura de Dalila, amarrado pela venta. Enfim, com um governo centralizador, bem informado, locupletado de “Arapongas, X noves, Doi Codis, SMI, FB ai!”, totalitário como convém a um homem democrático, cultor da poesia e da liberdade, ético ao extremo, incapaz de ser deselegante com a classe política e com os cidadãos de nossa cidade. Longe de praticar a rapinagem com seus pares, um ser de uma fidalguia sem limites, uma, Longe de gastar o dinheiro do povo com obras iníteis e fúteis como “Comprar Gente” Meu Rei, prefeito de Itororó é uma “Altarquia” Como diz Henrique e como reza a dramática língua portuguesa (a última flor do Lácio, inculta e bela), Evoé Olavo Bilac! Eis o novo adjetivo para qualificar os que pertencem à nobreza emergente de Itororó e do país, o meu Prefeito é o Farol de Alexandria em todo seu resplendor. Divino no trato com a arte de administrar os bens do povo. De modo que reputo o apostolado venal e injusto do vereador Walter Marques do PP que no ringue da democracia, desferiu golpe baixo contra meu prefeito, meu rei, dizendo que tu, institucionaliza a corrupção. Walter Marques peca contra ti, peca contra a igreja e contra todos os reinos dos céus e da terra.  Adroaldo, tu és nosso bastião de glória vivo e imortal, único exemplar ainda entre nós pobres mortais que não temos aonde cair mortos.

A FICHA DE MINHA ILUSÃO AINDA NÃO CAIU. NEM A DO POVO.

Em sua magistral obra, “O Estado Espetáculo”, Roger-Gérard Schwartzenberg mostra como no fascismo a “multidão italiana se entregou ao Duce, o macho latino, de forma voluptuosamente submissa”. E Hitler, demonstrando o comportamento machista do nazismo, declarou: “A grande maioria do povo se encontra numa disposição e num estado de espírito tão feminino, que suas opiniões e seus atos são determinados muito mais pela impressão produzida sobre seus sentidos, que por uma reflexão pura”.

Apesar de pensares isso de nós, eu te defendo com unhas e dentes careados, meu rei. Esperamos de ti uma boca nova, uma queixada de jegue ou de platina para devorar a deliciosa carne-de-sol de nossos novilhos abatidos em matadouros clandestinos, e não são poucos, mesmo que a prótese bucal seja entregue depois das urnas em que te reconsagraremos.

Também na obra mais acima citada se encontra o que disse William Gavin, que foi membro da equipe de Nixon: “O eleitor é fundamentalmente preguiçoso e em hipótese alguma se poderá esperar que ele, venha fazer o menor esforço para compreender o que lhe dizem. Raciocinar exige um grau elevado de disciplina e concentração; é mais fácil impressionar. O raciocínio repugna ao telespectador, ou então o agride, exige que ele concorde ou recuse; uma impressão, ao contrário, pode envolvê-lo, solicitá-lo sem o colocar diante de uma exigência intelectual”. Vivemos esse drama por parte dos fiéis inglórios de nosso reino, um séquito de animais de estimação, criados em cativeiros públicos desde os tempos Cabral.

Os marqueteiros, esses construtores de imagens, sabem tudo isso. E os ególatras que alcançaram o poder praticam a sedução e a submissão das massas de modo espontâneo e masoquista. Seu egocentrismo desenfreado, seu hedonismo patológico os torna megalomaníacos. Entretanto, todos também sabem que paixões não são eternas. Tampouco existem deuses mortais. Bem verdade que parte da nobreza não anda lá muito satisfeita contigo, mas o que quer a nobreza também, hein? Os ricos de teu governo são iguais a gatos de hotel, comendo e miando. Só tu, meu rei é que não come nada. Não come nem agá. Por acaso estás fazendo regime? Ah, esses médicos de hoje…

Levantar falso, cometer perjúrio, (Walter Marques te jurou amor eterno), dizer que o nosso estadista do século, vossa majestade institucionaliza a corrupção em seu governo, é a mentira mais lavada e enxaguada nas lavanderias e nos chafarizes públicos de nosso justo e ilibado governo. Já que nenhum vereador, advogado, súdito, capataz, menestrel, lacaio, “lambe môi”, “cachorrim”, vassalo, suserano, “come-feira” quebra faca, verme, morcego, vendido, comprado ou qualquer coisa de índole “santa e proba” dessas que o valha, e que, por razões que a própria razão insiste em desconhecer, nenhuma dessas entidades quis defendê-lo dessa pecha ou lepra, de que todos nós não estamos livres, eu humildemente rechaço a vilania contra o nosso prefeito semideus, arrefecida.

Ofereço a ti irmão, meus préstimos de poeta e medíocre escritor de uma província que se debate a contraluz de teu império de areia e de amor, que por tantos longos anos proclamamos ser a terra prometida e repartida com aqueles que mais precisam e que já estão assentados à tua destra, gozando das benesses, dos quindins de Iaiá, dos frutos afrodisíacos e narcisistas oferecidos pelo poder. Certa feita, o repórter Ricardo Gontijo perguntou ao general Geisel se o poder era afrodisíaco? Orgulhoso, o general deu-lhe as costas.

O poder é tudo isso e muito mais para meu rei em Itororó. É a tábua de salvação da mesma tropa que nos idos dos anos setenta baixava o pau sem piedade na nossa esquerda e em nós todos. Mas eu te defendo meu rei em nome dos encantos de teu único, infalível, insofismável e incorruptível poder. Eu sempre te defenderei. Sei, é verdade, o ser humano padece cinco grandes tentações: 1) o poder; 2) o poder; 3) o poder; 4) o dinheiro; 5) o sexo. “O poder é afrodisíaco?”, indagou o repórter Ricardo Gontijo ao presidente Geisel. O general, muito sisudo, deu-lhe a costas sem emitir resposta.

Talvez Afrodite não encontrasse espaço no regime militar, mas Narciso se faz sempre presente onde há poder. O poder infla o ego, eleva a autoestima, cria uma imantação, uma luz que atrai todo tipo de insetos, agrados, bajulações e elogios e “algunas cositas más”. Tu não padeces desses males. Pois és, só a miragem, o ideal de político que inventamos para salvar a pátria. A ilusão essencial que nunca existirá na realidade. Tu és MAGNÂNIMO! Até o talo.

Ofereço a ti minha gloriosa espada da justiça e da equidade para exercitá-la contra teus inimigos e para cada dia que passa edificar teu nome quase santo e o nome do teu reinado semi-justo.  Agradecemos a ti esse tempo de felicidade que propicia a mim e ao nosso povo, meu irmãozinho querido! Os ricos que reinam contigo estão sorrindo pras paredes, as paredes temerosas de teu castigo, devolvem os sorrisos para eles em condolências e obediências quase militares. Os pobres choram lágrimas de sangue aos pés do Redentor e nos muros descascados das lamentações de cada esquina da periferia Itororoense. Quem te acusa é um infame, é um covarde, é um vil como no poema em linha reta de Fernando Pessoa. “Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.” Eu te defendo meu rei, te defendo de todas as setas malignas contra ti, atiradas. Sou teu soldado de primeira hora, Apesar de ser eu, um campeão de derrotas, sou também um advogado das causas perdidas. Não ganho uma. Que Deus me defenda do bem que tu queres a mim e a minha casa. Amém.

Por MILTON MARINHO

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