Em 1989, quando assumi a direção da 19ª Ciretran, recebi a incumbência do então prefeito José Marcos Gusmão (PMDB) de implantar a Zona Azul em Itapetinga, com o objetivo de disciplinar o estacionamento de veículos nas ruas centrais da cidade.

Seguindo recomendação de Zé Marcos, incluí no projeto de lei, aprovado posteriormente pela câmara, uma parceria com a IPAN, entidade recém criada pelo Padre Renê e pela incansável vereadora Linda, conhecida popularmente como “Linda da IPAM”, que disponibilizou a meninada da entidade de amparo ao menor, para atuar como agentes da Zona Azul.

Apesar da resistência de alguns motoristas, a Zona Azul foi implantada em 1990, financiada através de parceria público privada, e funcionou como sucesso durante alguns anos, sendo desativada após a morte precoce de ex-vereadora Linda, sua maior incentivadora. Posteriormente a Zona Azul voltou a ser implantada, mas acabou sendo desativada pelo ex-prefeito Zé Carlos, em 2011, sob a alegação de que “não dava lucro”.

Se naquela época, 27 anos atrás, o ordenamento do trânsito em Itapetinga já era necessário, imaginem hoje com um número bem maior de veículos circulando pelo nosso centro comercial.

É certo que a complexidade para se implantar um sistema de Zona Azul nos dias de hoje é bem maior, mas isto não deve servir de motivo para refutar a ideia, mesmo porque os nossos atuais dirigentes municipais são, a princípio, ‘mais preparados’, e dispõem de ferramentas e tecnologias que não existiam naquela época em que a Zona Azul era tocada por meninos pobres com simples talões nas mãos.

Fica lançada a ideia e o desafio.

Por Davi Ferraz

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