A pindaíba é uma fruta genuinamente brasileira. Pequena, doce e de casca fina, parente próxima da graviola e da pinha, ela cresce escondida no Cerrado e nas matas do Sudeste brasileiro. Por décadas, foi colhida por comunidades rurais como um recurso de sobrevivência, simbolizando resistência e improviso em tempos de escassez.

Originária das florestas de altitude e da Mata Atlântica, a pindaíba produz frutos vermelhos e saborosos, com polpa rósea que envolve suas sementes – descrita por muitos como mais doce que a pinha comum, porém em menor quantidade. Seu nome indígena, “pindaúva”, vem do tupi-guarani e significa “árvore dos caniços ou varas”, uma referência ao uso tradicional de seus galhos na construção de casas por povos originários.

SIGNIFICADO DA METÁFORA POPULAR

Historicamente, a pindaíba foi considerada uma fruta “de quem não tinha muitas opções”. Populações rurais e comunidades tradicionais colhiam a pindaíba diretamente do mato, aproveitando o que a terra oferecia sem necessidade de comprar ou buscar alternativas mais sofisticadas. Assim, a fruta tornou-se símbolo da resistência, do improviso e da escassez.

Com o tempo, a fruta ganhou um significado metafórico. “Estar na pindaíba” tornou-se uma expressão que reflete a realidade de quem vive com poucos recursos, remetendo à ideia de se alimentar do que a natureza oferece em momentos de dificuldade. //Agro em Foco

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