A proposta da CPI foi protocolada pelo deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO), que aponta, no requerimento, que a investigação deve se concentrar em irregularidades cometidas por entidades sindicais que estariam envolvidas em descontos ilegais em folha. “Requer a criação de Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar os sindicatos envolvidos na fraude do INSS, com cobranças de mensalidades de aposentados e pensionistas, que pode chegar a R$ 6,3 bilhões”, escreveu o parlamentar.

O pedido de abertura da CPI surge após a deflagração da Operação Sem Desconto, realizada pela Polícia Federal em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU). A investigação revelou um esquema nacional de fraudes em descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões, com indícios de falsificação de assinaturas e movimentações financeiras indevidas. Segundo a CNN Brasil, pelo menos 11 sindicatos estariam envolvidos no esquema, que teria ocorrido entre 2019 e 2024.

De acordo com as investigações, o valor desviado pode superar R$ 6,3 bilhões, atingindo milhares de aposentados e pensionistas em todo o país. As fraudes ocorriam mediante registros de filiação sindical falsos, o que permitia o desconto de valores mensais nos benefícios, mesmo sem autorização dos segurados. A CGU apurou ainda que havia falhas nos sistemas do INSS que facilitavam a prática dos crimes.

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