:: 23/out/2025 . 17:08

Seis casos de doença de Chagas foram confirmados no município de Ibititá, no interior da Bahia, segundo informações divulgadas pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) nesta semana. A suspeita inicial foi registrada em setembro, e as investigações apontam como possível fonte de infecção o consumo de caldo de cana de produção caseira.

De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep), os pacientes são três homens e três mulheres, com idades entre 30 e 57 anos. Todos apresentaram sintomas característicos da fase aguda da doença, como febre, inchaço no rosto e nas pernas, inapetência, tosse seca, dor de cabeça, manchas na pele e taquicardia.

Um dos pacientes precisou ser internado, mas sem gravidade. Os outros cinco apresentaram alterações eletrocardiográficas sem repercussão clínica significativa. Todos receberam acompanhamento médico e tratamento específico, e seguem sendo monitorados pela Sesab.

Em nota, a secretaria reforçou a necessidade de atenção dos profissionais de saúde para o diagnóstico precoce.

“Reforça-se a importância da suspeição clínica para Doença de Chagas no território baiano (…), tornando fundamental a avaliação clínica detalhada para o diagnóstico e tratamento oportunos”, diz o comunicado.

A doença de Chagas é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e pode se manifestar em duas fases: aguda, que pode ser sintomática ou não, e crônica, com formas cardíaca, digestiva ou mista.

O ex-prefeito de Poções, Otto Wagner Magalhães, foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo na manhã desta quinta-feira (23), durante uma operação da Polícia Federal (PF) e Controladoria Geral da União (CGU). A ação investiga um esquema de desvio e lavagem de dinheiro envolvendo recursos federais repassados à prefeitura do município.

Otto Wagner é marido da atual prefeita de Poções, Dona Nilda (PCdoB), que também é alvo da investigação. Segundo a PF, o prejuízo causado aos cofres públicos ultrapassa R$ 12 milhões. As suspeitas apontam que os crimes ocorreram entre 2021 e 2023, período em que Otto Wagner ocupava o cargo de chefe de gabinete da prefeitura. Ele já havia sido prefeito de Poções entre 2013 e 2016.

Em agosto deste ano, o ex-gestor foi condenado pela Justiça por improbidade administrativa. A sentença determinou o ressarcimento de R$ 2,8 milhões ao município, além do pagamento de multa equivalente, perda de função pública, suspensão dos direitos políticos e proibição de contratar com o poder público por oito anos.

Conforme o Ministério Público da Bahia (MP-BA), a condenação anterior está relacionada à autorização irregular de pagamentos durante a gestão dele como prefeito. As investigações apontaram ao menos 196 repasses indevidos sob a rubrica “adicional informado”, feitos sem autorização da Câmara de Vereadores e em desacordo com a legislação vigente.

Na manhã desta quinta-feira (23), a Polícia Federal, em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou uma operação contra o desvio de recursos públicos em municípios do interior da Bahia. As ações ocorrem em Vitória da Conquista, Poções, Encruzilhada e Barreiras.

Ao todo, estão sendo cumpridos 25 mandados de busca e apreensão, sendo nove deles em Vitória da Conquista. Empresas, residências de empresários e de agentes públicos estão entre os alvos das diligências.

Entre os investigados estão o prefeito de Encruzilhada, Dr. Pedrinho, a prefeita de Poções, Dona Nilda, e o chefe de gabinete da Prefeitura de Poções, que já foi prefeito do município.

Materiais e documentos apreendidos serão analisados para robustecer a investigação. Até a última atualização, não havia confirmação de prisões nem de valores recuperados. A PF deve divulgar mais detalhes ao longo do dia sobre o modus operandi e o alcance do esquema apurado.